A importância do Laboratório no processo ensino-aprendizagem de Física no Ensino Médio das Escolas Públicas de Parintins

Edilson Gomes Barroso, CLAUDOMIRO SALES BATISTA

Resumo

Este trabalho pretende mostrar a importância do papel do Laboratório no Ensino de Física, pois expressa no discurso que o laboratório é um instrumento que busca facilitar o processo ensino-aprendizagem. Nós professores, sentimos a necessidade de mudanças para o Ensino de Ciências, especificamente com relação ao Ensino de Física no Ensino Médio fazendo-se necessário rever nossos métodos e buscar ações mais localizadas e orientadas de acordo com o avanço crescente de conhecimentos das concepções alternativas de vários tópicos da Física por parte dos alunos, levando-se em conta as dificuldades específicas enfrentadas por eles no processo ensino-aprendizagem. Entretanto, proponho atividades práticas que possam ser utilizadas em suas aulas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi mostrar a importância do laboratório processo ensino-aprendizagem e desenvolver materiais que possam ser utilizado nas aulas de Física do Ensino Médio.


PALAVRAS-CHAVES: Laboratório, ensino-aprendizagem, experimento



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Referências


Atualmente encontra-se disponível na literatura um grande número de pesquisas com estudos, discussões e análise. Segundo ARAÚJO; ABIB:

[…] o uso de atividades experimentais como estratégia de ensino de Física tem sido apontado por professores e alunos como uma das maneiras mais frutíferas de se minimizar as dificuldades de se aprender e de se ensinar Física de modo significativo e consistente. Nesse sentido, no campo das investigações nessa área, pesquisadores têm apontado em literatura nacional recente a importância das atividades experimentais. (p. 176, 2003)

Brodin (1978) destaca que o laboratório: “... é o elo que falta entre o mundo abstrato dos pensamentos e idéias e o mundo concreto das realidades físicas. O papel do laboratório é, portanto, o de conectar dois mundos, o da teoria e o da prática” (p.10). O autor nos remete a identificar o laboratório como espaço no qual é possível atribuir significados e potencializar o conhecimento teórico.

Os filósofos da Física tradicionalmente se preocupam com a natureza das teorias científicas, isto devido em grande parte ao papel central que a epistemologia teve na filosofia, principalmente após o início do século XX( ABRANTES 2011).

Segundo SÉRE; COELHO; NUNES:

Graças às atividades experimentais, o aluno é incitado a não permanecer no mundo dos conceitos e no mundo das “linguagens”, tendo a oportunidade de relacionar esses dois mundos com o mundo empírico. Compreende-se, então, como as atividades experimentais são enriquecedoras para o aluno, uma vez que elas dão um verdadeiro sentido ao mundo abstrato e formal das linguagens. Elas permitem o controle do meio ambiente, as autonomias face aos objetos técnicos ensinam as técnicas de investigação, possibilitam um olhar crítico sobre os resultados. Assim, o aluno é preparado para poder tomar decisões na investigação e na discussão dos resultados. O aluno só conseguirá questionar o mundo, manipular os modelos e desenvolver os métodos se ele mesmo entrar nessa dinâmica de decisão, de escolha, de inter-relação entre a teoria e o experimento. (p. 39, 2003)

As pesquisas desenvolvidas nestes últimos anos apontam para diferentes finalidades atribuídas ao ensino experimental de Física, como destacam Araújo e Abib (2003):

A análise do papel das atividades experimentais desenvolvidas amplamente nas últimas décadas revela que há uma variedade significativa de possibilidades e tendências de uso dessa estratégia de ensino de Física, de modo que essas atividades podem ser concebidas desde situações que focalizam a mera verificação de leis e teorias, até situações que privilegiam as condições para os alunos refletirem e reverem suas idéias a respeito dos fenômenos e conceitos abordados, podendo atingir um nível de aprendizado que lhes permita efetuar uma reestruturação de seus modelos explicativos dos fenômenos. (p.177).

Cruz Filho (1996) descreve “... sempre que possível for, devem ser utilizadas frases curtas, simples e que contenham uma única idéia.

ABRANTEs, Paulo César Coelho. Naturalizando a epistemologia (PDF). Universidade de Brasília. Página visitada em 22/05/2011

ARAÚJO, Mauro S. T.; ABIB, Maria L. V. S. Atividades Experimentais no Ensino de Física: diferentes enfoques, diferentes finalidades. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v.25, n.2, p. 176-194, jun. 2003.

CRUZ FILHO, Osvaldo R.. “Manual de Produtos da Indústria de Eletro-Eletrônico: Expectativas e Descontentamento para o Consumidor Brasileiro”. Dissertação do Curso de Mestrado em Tecnologia – CEFET – RJ: 1996, p.2, p.40, p.51.

http://www2.fc.unesp.br/experimentosdefisica/. Acessado em 02/07/2011

http://www.laboratoriodefisica.com.br/ Acessado em 02/07/2011

SÉRÉ; Marie Geneviève; COELHO, Suzana Maria; NUNES, Antônio Dias. O papel da experimentação no ensino da física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v.20, n.1, p. 30-42, abril, 2003.