The socio-educational as disciplinary power mechanism: lived stories
Full Text:
PDF (Português (Brasil))Abstract
The objective of this article is to analyze the socioeducation as a device of disciplinary power. To fulfill its purpose, it was necessary to analyze the life stories of a former inmate from the socioeducational system in the Southeastern region of Brazil, considering the socioeducational measures of internalization. The qualitative nature of the study adopted the biographical method with a male subject. In the process of the data production phase, meetings and conversations were held, which provided in-depth interviews. The stories reported were analyzed using content analysis technique, creating two subsequent categories. It is concluded that the socioeducation is a device, therefore, it is part of a power game, articulating power relation strategies and produce a discourse that has rules of conduct for managing the lives of inmates. The socioeducation is a device that circulates a disciplinary power, which is expressed through elements / instruments, such as the normalizing sanction, discipline, squaring up, examination, surveillance, hierarchical look and knowledge generated on the individual. The socio-educational spaces are watched in their entirety, so the inmate is meticulously inserted to be located, controlled, examined, distributed, docile and useful.
Keywords
References
Abrantes, P. A. (2012). Escola da vida. Tempo Social, revista de sociologia da USP, 24(2), 89-210.
Almeida, T. C., & Mansano, S. R. V. (2012). Corpos marcados: uma análise histórica sobre a institucionalização de adolescentes em conflito com a lei. Mnemosine, 8(2), 61-183.
Baquero, R. V. A., Lemes, M. A., & Santos, E. M. (2011). Histórias de vida de jovens egressos de medidas socioeducativas: entre a margem e a superação. Educação, 34(3), 341-350.
Barros, V. A. (2005). A função política do trabalho e a ordem social. Veredas do Direito, 2(4), 51-66.
Barros, V.A., Barros, C. R., & Faria, A. A. C. (2015). Une expérience de recueil d’histoires de vie dans l’univers carcéral au Brésil. Le sujet dans la cité, 1(4), 63-73.
Barros, V. A., & Lopes, F. T. (2014). Considerações sobre a pesquisa em história de vida. In E. M. Souza (Org.). Metodologias e analíticas qualitativas em pesquisa organizacional (Vol. 1, pp. 41-64). Vitória: EDUFES.
Barros, V. A., & Silva, L. R. (2002). A pesquisa em História de Vida. In I. Goulart (Org.). Psicologia organizacional e do trabalho: teoria, pesquisa e temas correlatos (pp.133-146). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Brasil (2015). Levantamento Anual Sinase 2013. Secretaria de Direitos Humanos (SDH). Brasília: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Chauí, M. (1979). Os trabalhos da memória. In E. Bosi (Org.). Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Edusp.
Costa, S. G., & Bratkowski, P. L. S. (2007). Paradoxos do trabalho prisional na era do capitalismo flexível: o caso do DETRAN-RS. Revista de Administração Contemporânea, 11(3), 127-147.
Creswell, J. W. (2003). O uso da teoria. In J. W. Creswell (Ed.). Projeto de Pesquisa: métodos qualitativos, quantitativos e mistos. Porto Alegre: Artmed.
Cruz, M.V.G., & Batitucci, E.C. (2007). Homicídios no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV.
Cruz, M. V. G., Souza, L. G., & Batitucci, E. C. (2013, set/out). Percurso recente da política penitenciária no Brasil: o caso de São Paulo. Revista de Administração Pública, 47(5), 1307-1325.
Díaz, A.S. (2006). Uma aproximação à Pedagogia: educação social. Revista Lusófona de Educação, 1 (7), 91-114.
Espíndula, D. H. P, & Santos, M. F. S. (2004). Representações sobre a adolescência a partir da ótica dos educadores sociais de adolescentes em conflito com a lei. Psicologia em Estudo, 9 (3), 357-367.
Fonseca, M. A. (2011). Michel Foucault e a constituição do sujeito. (3 ª ed.). São Paulo: EDUC.
Foucault, M. (1979). Microfísica do poder. (25ª ed.). (R. Machado, Trad). Rio de Janeiro: Graal.
Foucault, M. (2003). Estratégia, poder-saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Foucault, M. (2004). Ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Foucault, M. (2010). O sujeito e o poder. In H. L. Dreyfus, & P. Rabinow (Ed.). Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Foucault, M. (2012). Segurança, Penalidade e Prisão. (V. L. A. Ribeiro, Trad). Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Foucault, M. (2013). Vigiar e punir: nascimento da prisão. (41ª ed.). (R. Ramalhete, Trad). Petrópolis: Vozes.
Franco, M. L. P. B. (2003). Análise de conteúdo. Brasília: Editora Plano.
Garland, D. (2008). A cultura do controle: crime e ordem social na sociedade contemporânea. (A. Nascimento, Trad). Rio de Janeiro: Revan.
Gaulejac, V. (1991). La nevrose de classe. Paris: H&G Editeurs.
Gomide, A. D., Nogueira, M. L. M., & Barros, V. A. (2010). Histórias de vida e trabalho cultural: a construção do sujeito e a pertinência da memória. Cadernos CERU, 21,139-151.
Guralh, S. A. (2010). A socioeducação na dinâmica de afirmação dos Direitos da Criança e do adolescente no Brasil. Emancipação, 10 (1), 351-359.
Jesus, V. C. P. (2013). Condições escolares e laborais de adolescentes autores de atos infracionais: um desafio à socioeducação. Revista Eletrônica de Educação, 7 (3), 129-142.
Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. (1990). Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, 1990. Recuperado em 30 abril, 2016, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm
Lemos, F. C. S., Cardoso Junior, H. R., & Alvarez, M. C. (2013). Instituições, confinamento e relações de poder: questões metodológicas no pensamento de Michel Foucault. Psicologia & Sociedade, 26,100-106.
Lemos, A. M., Mazzilli, C. P., & Klering, L. R. (1998). Análise do trabalho prisional: um estudo exploratório. Revista de Administração Contemporânea,129-149.
Lévy, A. (2000). Introduction. Revue Internationale de Psychosociologie. Récits de vie et histoire sociale, Paris, 6(14).
Maraschin, C., & Raniere, E. (2011). Socioeducação e identidade: onde se utiliza Foucault e Varela para pensar o Sinase. Revista Katálysis, 14(1), 95-103.
Melossi, D. (2003). A new edition of Punishment and Social Structure thirty-five years later: a timely event. Social Justice, 30(1), 248-256.
Monte, F. F. C., & Sampaio, L. R. (2012). Práticas Pedagógicas e Moralidade em Unidade de Internamento de Adolescentes Autores de Atos Infracionais. Psicologia: Reflexão e Crítica, 25(2), 368-377.
Monte, F. F. C., Sampaio, L. R., Rosa Filho, J. S., & Barbosa, L. S. (2011). Adolescentes autores de atos infracionais: psicologia moral e legislação. Psicologia & Sociedade,23(1), 125-134.
Nardi, H. C. (2006). Ética, trabalho e subjetividade. Porto Alegre: Editora da UFRGS.
Pavarini, M. (2010). A invenção penitenciária: a experiência dos Estados Unidos na primeira metade do século XIX. In D. Melossi, & M. Pavarini. Cárcere e fábrica: as origens do sistema penitenciário (séculos XVI-XIX). (S. Lamarão, Trad). (2ª ed., pp.151-255). Rio de Janeiro: Revan.
Pires, F. M., & Palassi, M. P. (2008). Frente de trabalho da iniciativa privada no sistema carcerário do Estado do Espírito Santo. Cadernos EBAPE.BR, 6(3), 1-16.
Silva, I. L., & Guedes, O. S. (2011). A história oral das revoltas do centro de socioeducação de Londrina II: uma interpretação teórico-filosófica. Serviço Social & Sociedade, 4(1), 48-73.
Silva, C. L. O., & Saraiva, L. A. S. (2013). Lugares, discursos e subjetividades nas organizações: o caso de uma prisão. Cadernos EBAPE.BR, 11(3), 383-401.
Souza, E. M. (2014, junho). Poder, diferença e subjetividade: a problematização do normal. Farol - Revista de Estudos Organizacionais e Sociedade, 1, 103-143.
Souza, E. M., & Bianco, M. F. (2011). Subvertendo o desejo no teatro das organizações: problematizações contemporâneas sobre o desejo e a expansão da vida nas relações de trabalho. Caderno EBAPE.BR, 9(2), 394-411.
Souza, E. M.; Corvino, M. M. F.; & Lopes, B. C. (2013). Uma análise dos estudos sobre o feminino e as mulheres na área de administração: a produção científica brasileira entre 2000 a 2010. Revista Organizações & Sociedade, 20 (67), 603-621.
Souza, E. M., & Costa, A. M. (2013). Usos e significados do conhecimento histórico em estudos organizacionais: uma (re)leitura do taylorismo sob a perspectiva do poder disciplinar. Cadernos EBAPE.BR, 11(1), 01-15.
Souza, E. M, Machado, L. D, & Bianco, M. F. (2008). O homem e o pós-estruturalismo Foucaultiano: implicações nos estudos organizacionais. Revista Organizações & Sociedade, 15(47), 71-86.
Souza, E. M., Petinelli-Souza, S., & Leite-Da-Silva, A. R. (2013). O pós-estruturalismo e os estudos críticos de gestão: da busca pela emancipação à constituição do sujeito. Revista de Administração Contemporânea, 17(2), 198-217.
Souza, E. M., Leite-Da-Silva, A. R., & Carrieri, A. P. (2012). Uma análise sobre as políticas de diversidade promovidas por bancos. Psicologia & Sociedade, 24(2), 315-326.
Wacquant, L. (2008). The Militarization of Urban Marginality: Lessons from the Brazilian Metropolis. International political sociology, 2, 56 -74.
Wacquant, L. (2011). As prisões da miséria. Rio de Janeiro: Zahar.
Wacquant, L. (2012). The Prison is an Outlaw Institution. Howard journal of criminal justice, 51, 1-15.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.