UM SONHO POSSÍVEL?

Cesar Barbieri, Paolo Nosella

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Resumo

No momento em que o mundo ainda celebra os quatrocentos anos da publicação da saga de Don Quixote de La Mancha, o cavaleiro andante, “da triste figura”, que mostra (a quem tem olhos para ver) a luta interminável entre a inteligência e a estupidez, entre a luz e a escuridão, conforme interpreta Marcelo Xavier, dentre outros de seus comentaristas; quando, ainda, comemora-se o centenário do nascimento de Jean-Paul Sartre, pensador contemporâneo que nos alerta para o fato de que o homem, sendo o responsável pelo que é, mesmo desamparado, angustiado e condenado a ser livre, escolhe a si mesmo e a humanidade inteira, tornando-se aquilo que ele fizer a si mesmo (SARTRE, s/d); no momento em que é desfiado um rosário de corrupções no âmbito da administração pública deste País, atribuindo-se a responsabilidade de tais fatos a seus altos dirigentes, tisnando o processo histórico de valorização da participação dos trabalhadores na construção do destino da Nação; no instante, ainda, em que a Faculdade Cenecista de Brasília-FACEB mobiliza seus professores para a participação no processo de reformulação, implantação e avaliação de seu projeto político pedagógico institucional (PPPI) e para a implantação do projeto pedagógico do seu curso de Pedagogia; sem dúvida, é fundamental evocar o pensamento de Antonio Gramsci e refletir sobre a educação das classes subalternas, das classes oprimidas; refletir sobre a construção de uma escola para o trabalhador que não seja mais um sonho impossível, uma utopia romântica, uma aspiração distante, mas uma conseqüência da possibilidade do homem construir o seu destino.        


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