A Política de Recompensa e Promoção Influencia a Motivação do Trabalhador?

Marcio Gonçalves de Pinho, Tara Keshar Nanda Baidya, Marta Correa Dalbem, Eduardo Henrique de Sousa Salvino
DOI: https://doi.org/10.21529/RECADM.2018016

Texto completo:

PDF (Português (Brasil))

Resumen

Esse trabalho estuda a influência da política de recompensa e promoção na motivação do trabalhador, tanto intrínseca, entendida como própria do indivíduo, como extrínseca, vista na literatura como dependente das intervenções ou incentivos externos vinculados ao trabalho. Sendo assim, nesta pesquisa busca-se analisar o nível de motivação do trabalhador sob esses dois conceitos, que são as variáveis dependentes no trabalho.  A revisão de literatura aborda teorias com importantes discussões sobre motivação no trabalho, bem como as características utilizadas nas regras de uma política de recompensa e promoção do trabalhador, sendo elas Transparência, Justiça e Controlabilidade, as quais são as variáveis independentes no trabalho. Um questionário estruturado permitiu coletar os dados e examiná-los por meio da análise fatorial e regressão linear múltipla. Os resultados mostraram que a justiça empregada nas regras da recompensa monetária é uma característica que exerce influência na motivação intrínseca e extrínseca, estatisticamente significativa e relevante, já a controlabilidade do sistema de promoção exerce influência na motivação extrínseca. Contudo, algumas variáveis não alcançaram significância estatística ao ponto de causar influência na motivação. O trabalho permitiu confirmar discussões teóricas, além de oferecer um modelo de análise com visões práticas e gerenciais do cotidiano organizacional. 


Palabras clave

motivação extrínseca; motivação intrínseca; satisfação no trabalho; política de recompensa; economia do trabalho


Compartilhe


Referencias


Assis, M. T. (2011). Gestão de programas de remuneração: conceitos, aplicações e reflexões: visão generalizada dos programas de aplicações. Rio de Janeiro: Qualitymark.

Assis, M. T., Araujo, F. F., Fernandes, V. C., & Freitas, J. A. S. B. E. (2017, outubro). Recompensas e reconhecimento: a literatura e a visão de executivos de recursos humanos. Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, São Paulo, SP, Brasil, 41.

Bandura, A. (1989). Human Agency in Social Cognitive Theory. American Psychologist, 44(9), 1175-1184.

Bergamini, C. W. (2012). Avaliação de desempenho humano na empresa. (4ª ed). São Paulo: Atlas.

Beuren, I. M., Santos, V. D., Marques, L., & Resendes, M. (2017). Relação entre percepção de justiça organizacional e satisfação no trabalho. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, 11(4), 69-86.

Bonilla, M. A. M., Vaz, C. R., & Selig, P. M. (2012, junho). Indicadores de desempenho em recompensas monetárias e não-monetárias: seleção de um referencial teórico de pesquisa e análise bibliométrica. Anais do VIII Congresso Nacional de Excelência em Gestão, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 8.

Broxado, S. (2001). A verdadeira motivação na empresa: entendendo a psicologia organizacional e dicas para a motivação no dia-a-dia das empresas. Rio de Janeiro: Qualitymark.

Cerasoli, C. P., Nicklin, J. M., & Ford, M.T. (2014). Intrinsic motivation and extrinsic incentives jointly predict performance: a 40-year meta-analysis. Psychological Bulletin, 140(4), 980-1008.

Copelli, F. L., & Piccinini, V. C. (2003). Sistema de remuneração por habilidades para trabalhadores multifuncionais. REAd – Revista Eletrônica de Administração, 9(2), 1-18.

Figueiredo, D. B., Filho, & Silva, J. A., Jr. (2010). Visão além do alcance: uma introdução à análise fatorial. Campinas: Opinião Pública, 16(1) 160-185.

Fontaine, A. M. (2005). Motivação em contexto escolar. Lisboa: Universidade Aberta.

Frey, B. S. (2012). Crowding out and crowding in of intrinsic preferences. In: Massachusetts Institute of Technology. (Ed.). Reflexive governance of global public goods, 4(6), 74-83.

Gagné, M., & Deci, E. L. (2005). Self-determination theory and work motivation. Journal of Organizational Behavior, 26, 331–362.

Hair, J. F., Jr., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2009). Análise multivariada de dados. (6ª ed). Porto Alegre: Bookman.

Herpen, M. F. M., Van. (2007). Pay, promotions, and performance: essays on personnel economics s.n. Tese de doutorado, University of Groningen, Netherlands.

Herzberg, F. (1968). One more time: how do you motivate employees? Harvard Business Review. January-February. 46, 53-62.

Jenkins, G. D., Jr., Mitra, A., Gupta, N., & Shaw, J. D. (1998). Are financial incentives related to performance? A Meta-Analytic Review of Empirical Research. Journal of Applied Psychology, 83(5), 777-787.

Kanfer, R., Chen, G., & Pritchard, R. D. (2008). Work motivation: Forging new perspectives and directions in the post-millennium. In Kanfer, K., G. Chen, G., & Pritchard, R. D. (Eds.), Work motivation: Past, present, and future (pp. 601–631). New York: Taylor & Francis.

Lacombe, F. J. M. (2005). Recursos humanos: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva.

Malhotra, N. K. (2012). Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. (6ª ed). Porto Alegre: Bookman.

Marras, J. P. (2009). Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo, Saraiva.

Mitchell, T. R., Holton, B. C., Lee, T. W., Sablynski, C. J., & Erez, M. (2001). Why people stay: using job embeddedness to predict voluntary turnover. Academy of Management Journal, 44, 1102-1122.

Paschoal, L. (2007). Administração de cargos e salários: manual prático e novas metodologias. (3ª ed). Rio de Janeiro: Qualitymark.

Pontes, B. R. (2007). Administração de cargos e salários: carreira e remuneração. (12ª ed). São Paulo: LTR.

Ryan, R. M., & Deci, E. L. (2000). Self-Determination Theory and the Facilitation of Intrinsic Motivation, Social Development, and Well-Being. American Psychologist, 55(1), 68-78.

Ulrich, D. (2000). Os campeões de recursos humanos. (4ª ed). São Paulo: Futura.

Vieira, A., & Silva, C. J. M. (2008). Por que deixar a empresa quando tudo indica que o melhor é ficar? Revista de Ciências da Administração, 10(20), 37-58.

Vizioli, M. (2010). Administração de recursos humanos. São Paulo: Pearson.

Wood, T., Jr., & Picarelli, V., Filho. (2004). Remuneração estratégica: a nova vantagem competitiva. (3ª ed). São Paulo: Atlas.




Licencia de Creative Commons
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional.