Subalterno pode escrever! Uma contribuição decolonial e interseccional na obra de Carolina Maria de Jesus para os estudos organizacionais
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Este estudo tem o objetivo de investigar como é possível estabelecer uma conexão através de algumas características pertinentes nas empresas contemporâneas quanto a abordagem da temática das mulheres negras por meio do estudo da interseccionalidade, como (re)produtor das desigualdades estruturais e sociais na obra “Quarto de despejo: diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus. Apresentando uma abordagem qualitativa, com enfoque exploratório e explicativo, este estudo visa reconstruir, através das reflexões e da prática ao pensamento decolonial, a subjetividade identitária das mulheres negras. Por essa razão, considera-se como o primeiro ponto de partida deste estudo as narrativas de mulheres negras, profissionais de empresas multinacionais, cujas entrevistas foram analisadas segundo a perspectiva da interseccionalidade e da decolonialidade. Quanto à segunda etapa, compreende a legitimidade da escrita concebida por Carolina Maria de Jesus e a sua primeira obra “Quarto de despejo: diário de uma favelada” (1960). A metodologia aplicada é fundamentada no que se almeja aprender com a pesquisa, partindo da análise do conteúdo em ancoragem, por meio da definição das categorizações e alocação das transcrições dos textos em cada uma das categorias estabelecidas em espécie de agrupamento. Assim, as questões enunciadas na obra “Quarto de despejo: diário de uma favelada” e nas narrativas das entrevistadas, levam a refletir as características da decolonialidade e da interseccionalidade, que estariam presentes nas relações sociais ao longo do tempo. Por fim, cabe registrar que os resultados alcançados contribuem para a perspectiva desta temática nos estudos organizacionais.
Palavras-chave
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