Finanças comportamentais: análise do perfil comportamental do investidor e do propenso investidor
Texto completo:
ArtigoResumo
Finanças comportamentais, também conhecidas por Economia Comportamental, representam um novo campo na teoria financeira que busca incorporar os aspectos psicológicos dos indivíduos no processo de avaliação e precificação de ativos financeiros. Este novo campo do estudo de Finanças tem como objetivos a revisão e o aperfeiçoamento do modelo econômico-financeiro atual, pela incorporação de evidências sobre a irracionalidade do investidor. A fim de obter maiores informações sobre o perfil comportamental de investidores e propensos investidores, realizou-se uma pesquisa descritiva de natureza quantitativa baseada na aplicação de um questionário estruturado composto de 20 perguntas direcionadas a 164 discentes e 33 docentes do curso de Administração da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Os resultados auferidos por meio de técnicas estatísticas multivariada como a análise de cluster e análise de discriminante, tornaram-se possível identificar cinco grupos com características distintas de importância relevante para o estudo realizado. Verifica-se ainda que grande parcela dos respondentes afirmou não possuir conhecimentos acerca deste mercado, bem como muitos ainda se classificando como aprendizes.
Palavras-chave
Referências
BAKER, H. K., NOFSINGER, J. R. Psychological biases of investors. Financial Services Review, v. 11, n. 2, p. 97-116, 2002.
BERNSTEIN, P. L. Desafio aos deuses: a fascinante história do risco. Campus: Rio de Janeiro, 1997.
Carducci, B.; Wong, A. Type a and risk taking in everyday money matters. Journal of Business and Psychology, v. 12, n. 3, p. 355-359, 1998.
CHURCHILL JUNIOR, Gilbert A. A marketing research: methodological foundations. 7. ed. Orlando: Dryden Press, 1998.
DHAR, R.; ZHU, N. Up close and personal: investor sophistication and the disposition effect. Management Science, v. 52, n. 5, p. 726-740, 2006.
FAMA, E. F. FRENCH, K. R. Permanent and temporary components of stock prices. Journal of Political Economy, v. 98, p. 247-272, 1988.
GRABLE, J. Financial risk tolerance and additional factors that affect risk taking in everyday money matters. Journal of Business Psychology, v. 14, n. 4, p. 625-630, 2000.
HAFELD, M. TORRES, F. L. Finanças comportamentais: aplicações no contexto brasileiro. Revista de Administração de Empresas, v. 41, n.
, abr/jun, 2001.
HAIR JUNIOR et al. Análise multivariada de dados. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
HAUGEN, R. A. Beast on Wall Street: how stock volatility devours our wealth. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall, 1999.
KAHNEMAN, D. TVERSKI, A. Prospect theory; an analysis of decision under risk. Econometrica, v.47, n. 2, p. 263-291, 1979.
TVERSKY, A.; KAHNEMAN, D. The framing of decisions and the psychology of choice, Science, 211, 450-458, 1981.
LAMPENIUS, N.; ZICKAR, M. J. Development and validation of a model and measure of financial risktaking. Journal of Behavioral Finance, v. 6, n. 3, p. 129-143, Sep., 2005.
LIMA, M. V. Um estudo sobre finanças comportamentais. Revista de Administração de empresas. v. 2, n. 1, jan/jun, 2003.
MACEDO. J. S. Teoria do prospecto: uma investigação utilizando simulação de investimentos.
Disponível em: < http://teses.eps.ufsc.br/Resumo.asp?5266>
Acesso: 12 jun. 2005.
MALHOTRA, N. K. Pesquisa de marketing. Uma orientação aplicada. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
MARCON. R. et al. Análise de aversão à perda em finanças comportamentais e na teoria de psicanalítica. Disponível em:
nan%E7as%20Comportamentais%20-%20CLADEA%20-.doc> Acesso em: 20 jul. 2005.
ODEAN, T. Are investors reluctant to realize their losses? Journal of Finance, v. 53, n. 5, p. 1775-1798, 1998.
SIMON, R. A behavioral model of rational choice. Quarterly Journal of Economics, v. 12, n. 6, p. 99-118, 1976.
THALER, R. H. The end of behavioral finance. Association for Investment Management and Research, November/December, 1999.
TVERSKI, A. Investment decisions are filtered through mental biases – hard-wired predispositions – that color and frequently cloud perceptions of events and opportunities. Dow Jones
Management, v. II, n. 6, p. 21-28. Leaders in Finance, 1995.
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.