Comparação dos ganhos profissionais de egressos cotistas e não cotistas das universidades federais brasileiras

José Roberto Abreu de Carvalho Junior, Wescley Silva Xavier, Marco Aurélio Marques Ferreira
DOI: https://doi.org/10.21529/RECADM.2023015

Texto completo:

PDF (Português (Brasil))

Resumen

Após 10 anos da política de cotas das universidades federais, a literatura ainda carece de pesquisas sobre a inserção dos egressos cotistas e não cotistas no mercado de trabalho. Diante desse problema, o objetivo do artigo foi comparar os ganhos no mercado de trabalho entre egressos cotistas e não cotistas dos cursos de graduação das universidades federais brasileiras. Para tanto, aplicamos um questionário eletrônico, que foi respondido por uma expressiva amostra de 11.458 egressos, de 248 cursos de graduação, de todas as áreas do conhecimento, de 18 universidades federais e das cinco regiões do Brasil. Por meio do Teste de Qui-Quadrado, comparamos o status de ocupação, o motivo de não trabalhar, o setor de atuação, o tipo de cargo/emprego, a remuneração, o porte da empresa/organização e a ocupação de cargos de chefia ou de direção entre os egressos. Os resultados sugerem que egressos cotistas obtêm altas taxas de ocupação, com uma boa inserção no mercado de trabalho, trabalhando em cargos/empregos ditos mais qualificados, em empresas/organizações de grande porte e recebendo boas remunerações. Porém, os resultados sugerem que, em geral, os ganhos ocupacionais e salariais de egressos cotistas ainda são inferiores aos de egressos não cotistas. Logo, nossos resultados sugerem que a política de cotas das universidades federais é uma importante ferramenta de inclusão socioeconômica dos estudantes cotistas, justificando sua existência, mas que ela, por si só, ainda não completamente elimina a forte desigualdade social entre as famílias brasileiras, que parece afetar diferentemente os ganhos dos profissionais no mercado de trabalho.

Palabras clave

ação afirmativa; cotas; ensino superior; estudantes; mercado de trabalho

Compartilhe

Referencias


Albanaes, P., Nunes, M. F. O., Bardagi, M. P., & Farias, E. (2020). Desenvolvimento de carreira e projetos profissionais de cotistas de uma universidade federal brasileira. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 21(1), 41–52. http://dx.doi.org/10.26707/1984-7270/2020v21n105

Andrews, G. R. (2014). Racial inequality in Brazil and the United States, 1990-2010. Journal of Social History, 47(4), 829–854. https://doi.org/10.1093/jsh/shu026

Arcidiacono, P. (2005). Affirmative action in higher education: how do admission and financial aid rules affect future earnings? Econometrica, 73(5), 1477–1524. https://doi.org/10.1111/j.1468-0262.2005.00627.x

Arrigoni, F. J. (2018). Gestão pública: busca da igualdade social a partir da ação afirmativa cota no ensino superior brasileiro. [Tese de Doutorado]. Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, Fundação Getúlio Vargas (FGV). https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/24538

Bagde, S. K., Epple, D., & Taylor, L. (2016). Does affirmative action work? Caste, gender, college quality, and academic success in India. American Economic Review, 106(6), 1495–1521. https://doi.org/10.1257/aer.20140783

Barros, C. F. R. (2019). Universidade e mercado de trabalho: a trajetória social dos alunos cotistas egressos da Faculdade de Serviço Social da Uerj. Revista Em Pauta, 17(43), 172–186. https://doi.org/10.12957/rep.2019.42538

Basant, R., & Sen, G. (2020). Quota-based affirmative action in higher education: impact on other backward classes in India. Journal of Development Studies, 56(2), 336–360. https://doi.org/10.1080/00220388.2019.1573987

Becker, G. S. (1964). Human Capital: a theoretical and empirical analysis. Columbia University Press.

Bertrand, M., Hanna, R., & Mullainathan, S. (2010). Affirmative action in education: evidence from engineering college admissions in India. Journal of Public Economics, 94(1–2), 16–29. https://doi.org/10.1016/j.jpubeco.2009.11.003

Biazotto, M. L. S. H., Bittencourt, F. V., Araújo, G. R., Fernandes, S. E. S., Göttems, L. B. D., Rodrigues, C. M. L., Neves, F. A. R., & Amorim, F. F. (2022a). Comparison between students admitted through regular path and affirmative action systems in a brazilian public medical school. Advances in Medical Education and Practice, 13, 251–263. https://doi.org/10.2147/amep.s347387

Biazotto, M. L. S. H., Göttems, L. B. D., Bittencourt, F. V., Araújo, G. R., Fernandes, S. E. S., Rodrigues, C. M. L., Neves, F. A. R., & Amorim, F. F. (2022b). Nursing students admitted through the affirmative action system display similar performance in professional and academic trajectories to those from the regular path in a public school in Brazil. PloS ONE, 17(3), e0264506. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0264506

Blanden, J., Gregg, P., & Macmillan, L. (2007). Accounting for intergenerational income persistence: noncognitive skills, ability and education. The Economic Journal, 117(519), 43–60. https://doi.org/10.1111/j.1468-0297.2007.02034.x

Borgen, N. T. (2015). College quality and the positive selection hypothesis: the “second filter” on family background in high-paid jobs. Research in Social Stratification and Mobility, 39, 32–47. https://doi.org/10.1016/j.rssm.2014.11.001

Bowen, W. G., & Bok, D. (1998). The shape of the river: long-term consequences of considering race in college and university admissions. Princeton University Press.

Dale, S. B., & Krueger, A. B. (2014). Estimating the effects of college characteristics over the career using administrative earnings data. Journal of Human Resources, 49(2), 323–358. https://doi.org/10.3368/jhr.49.2.323

Ding, S., Myers Jr, S. L., & Price, G. N. (2017). Does affirmative action in chinese college admissions lead to mismatch? Educational quality and the relative returns to a baccalaureate degree for minorities in China. International Journal of Anthropology and Ethnology, 1(3), 1–13. https://doi.org/10.1186/s41257-017-0006-7

Duryea, S., Freitas, L. B., Ozemela, L. M.-G., Sampaio, B., Sampaio, G. R., & Trevisan, G. (2019). Universities and intergenerational social mobility in Brazil: examining patterns by race and gender. Journal of Economics, Race, and Policy, 2(4), 240–256. https://doi.org/10.1007/s41996-019-00033-1

Dutra, M. R. P. (2018). Cotistas negros da UFSM e o mundo do trabalho. [Tese de Doutorado]. Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). https://repositorio.ufsm.br/handle/1/15000

Espinoza, O., González, L. E., McGinn, N., Castillo, D., & Sandoval, L. (2018). Family background, secondary school and university prestige: contributors to income inequality in Chile. Issues in Educational Research, 28(4), 918–939. http://www.iier.org.au/iier28/espinoza.pdf

Fávero, L. P., & Belfiore, P. (2017). Manual de análise de dados: estatística e modelagem multivariada com Excel, SPSS e Stata. Elsevier.

Ferreira, I. J. S. (2018). Negros e negras: das políticas de ação afirmativa ao mercado de trabalho. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/198305

Francis-Tan, A., & Tannuri-Pianto, M. (2018). Black Movement: using discontinuities in admissions to study the effects of college quality and affirmative action. Journal of Development Economics, 135, 97–116. https://doi.org/10.1016/j.jdeveco.2018.06.017

Friedman, S., Laurison, D., & Miles, A. (2015). Breaking the “class” ceiling? Social mobility into Britain’s elite occupations. The Sociological Review, 63(2), 259–289. https://doi.org/10.1111/1467-954X.12283

Frisancho, V., & Krishna, K. (2016). Affirmative action in higher education in India: targeting, catch up, and mismatch. Higher Education, 71(5), 611–649. https://doi.org/10.1007/s10734-015-9927-1

Giani, M. S. (2016). Are all colleges equally equalizing? How institutional selectivity impacts socioeconomic disparities in graduates’ labor outcomes. The Review of Higher Education, 39(3), 431–461. https://doi.org/10.1353/rhe.2016.0013

Gregg, P., Jonsson, J. O., Macmillan, L., & Mood, C. (2017). The role of education for intergenerational income mobility: a comparison of the United States, Great Britain, and Sweden. Social Forces, 96(1), 121–152. https://doi.org/10.1093/sf/sox051

Guimarães, N. A., Andrada, A. C., & Picanço, M. F. (2019). Transitando entre universidade e trabalho: trajetórias desiguais e políticas afirmativas. Cadernos de Pesquisa, 49(172), 284–310. https://doi.org/10.1590/198053146216

Hair, J. F., Black, B., Babin, B., Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2009). Análise Multivariada de Dados (6ª ed.). Bookman Companhia Editora Ltda.

Holmes, L. (2013). Competing perspectives on graduate employability: possession, position or process? Studies in Higher Education, 38(4), 538–554. https://doi.org/10.1080/03075079.2011.587140

Holzer, H. J., & Neumark, D. (2006). Affirmative action: what do we know? Journal of Policy Analysis and Management, 25(2), 463–490. https://doi.org/10.1002/pam.20181

Hout, M. (1984). Status, autonomy, and training in occupational mobility. American Journal of Sociology, 89(6), 1379–1409. https://doi.org/10.1086/228020

Hout, M. (1988). More universalism, less structural mobility: the american occupational structure in the 1980s. American Journal of Sociology, 93(6), 1358–1400. https://doi.org/10.1086/228904

Jung, J., & Lee, S. J. (2016). Influence of university prestige on graduate wage and job satisfaction: the case of South Korea. Journal of Higher Education Policy and Management, 38(3), 297–315. https://doi.org/10.1080/1360080X.2016.1174408

Karabel, J., & McClelland, K. (1987). Occupational advantage and the impact of college rank on labor market outcomes. Sociological Inquiry, 57(4), 323–347. https://doi.org/10.1111/j.1475-682X.1987.tb00243.x

Karlson, K. B. (2019). College as equalizer? Testing the selectivity hypothesis. Social Science Research, 80, 216–229. https://doi.org/10.1016/j.ssresearch.2018.12.001

Kim, J., Kim, J., Jaquette, O., & Bastedo, M. N. (2014). Institutional stratification and the postcollege labor market: comparing job satisfaction and prestige across generations. The Journal of Higher Education, 85(6), 761–791. https://doi.org/10.1353/jhe.2014.0037

Lee, H. A. (2012). Affirmative action in Malaysia: education and employment outcomes since the 1990s. Journal of Contemporary Asia, 42(2), 230–254. https://doi.org/10.1080/09500782.2012.668350

Lee, H. A. (2015). Affirmative action in Malaysia and South Africa: contrasting structures, continuing pursuits. Journal of Asian and African Studies, 50(5), 615–634. https://doi.org/10.1177/0021909615600470

Lehmann, W. (2019). Forms of capital in working-class students’ transition from university to employment. Journal of Education and Work, 32(4), 347–359. https://doi.org/10.1080/13639080.2019.1617841

Lemos, A. H. C., Dubeux, V. J. C., & Pinto, M. C. S. (2009). Educação, empregabilidade e mobilidade social: convergências e divergências. Cadernos EBAPE.BR, 7(2), 368–384. https://doi.org/10.1590/s1679-39512009000200012

Lemos, A. H. C., Dubeux, V. J. C., & Pinto, M. C. S. (2011). Empregabilidade dos jovens administradores: uma questão meritocrática ou aristocrática? BBR - Brazilian Business Review, 8(1), 94–115. http://dx.doi.org/10.15728/bbr.2011.8.1.6

Lemos, A. H. C., Dubeux, V. J. C., & Rocha-Pinto, S. R. (2014). Educação superior, inserção profissional e origem social: limites e possibilidades. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 9(1), 48–64.

Lessard-Phillips, L., Boliver, V., Pampaka, M., & Swain, D. (2018). Exploring ethnic differences in the post-university destinations of Russell Group graduates. Ethnicities, 18(4), 496–517. https://doi.org/10.1177/1468796818777543

Lima, M. S. O. (2014). Afro-brasileiros egressos do sistema de cotas da Uerj e sucesso profissional: algumas experiências. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). https://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/4326

Long, M. C. (2007). Affirmative action and its alternatives in public universities: what do we know? Public Administration Review, 67(2), 315–330. https://doi.org/10.1111/j.1540-6210.2007.00715.x

Long, M. C. (2008). College quality and early adult outcomes. Economics of Education Review, 27(5), 588–602. https://doi.org/10.1016/j.econedurev.2007.04.004

Lopes, A. D. (2016). Affirmative action in Brazil: how students’ field of study choice reproduces social inequalities. Studies in Higher Education, 42(12), 2343–2359. https://doi.org/10.1080/03075079.2016.1144180

Loury, L. D., & Garman, D. (1993). Affirmative action in higher education. The American Economic Review, 83(2), 99–103. https://doi.org/10.1002/9780470996454.ch44

Lyrio, B. C. C. S., & Guimarães, R. S. (2014). Porque para o negro sim! As cotas raciais como política de ação afirmativa nas universidades e nas instituições públicas: a defesa de um espaço. O social em questão, 17(32), 75–100.

Machado, C., Reyes, G., & Riehl, E. (2021). Alumni networks at elite universities and the efficacy of affirmative action (November 2021). Recuperado em 16 nov.2021, de: http://riehl.economics.cornell.edu/papers/mrr_affirmative_action_nov2021.pdf.

Maia, M. E. F. (2017). A eficácia da política de cotas na UFBA: uma análise dos egressos no mercado de trabalho formal. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em Economia, Universidade Federal da Bahia (UFBA). https://repositorio.ufba.br/handle/ri/26185

Nascimento, W. L. (2018). “O vestibular nunca acaba pra nós”: trajetória acadêmica e inserção profissional de diplomados da UFRGS beneficiados pela política de cotas. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). https://lume.ufrgs.br/handle/10183/184663

Niu, S. X., Zheng, Y., & Yang, F. (2020). Students’ social origins, educational process and post-college outcomes: The case of an elite Chinese university. Chinese Journal of Sociology, 6(1), 35–66. https://doi.org/10.1177/2057150X19876875

Oh, B., & Kim, C. H. (2020). Broken promise of college? New educational sorting mechanisms for intergenerational association in the 21st century. Social Science Research, 86, 102375. https://doi.org/10.1016/j.ssresearch.2019.102375

Ordine, P., & Rose, G. (2015). The effect of family background, university quality and educational mismatch on wage: an analysis using a young cohort of italian graduates. Education Economics, 23(2), 213–237. https://doi.org/10.1080/09645292.2012.735074

Paul, J.-J. (2015). Acompanhamento de egressos do ensino superior: experiência brasileira e internacional. Caderno CRH, 28(74), 309–326. https://doi.org/10.1590/s0103-49792015000200005

Pereira, L. F. P. (2015). Ações afirmativas na educação pública superior: análise de resultados de uma turma de cotistas do curso de Administração da Ufes. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública, Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). https://repositorio.ufes.br/handle/10/1563

Reis, D. B. (2020). Trajetórias negras importam: histórias de nordestinas (os) egressas de políticas de cotas raciais no ensino superior público brasileiro (2003 - 2018). Revista Humanidades e Inovação, 7(25), 28–41.

Reiter, B., & Lezama, P. (2013). The importance of inclusion policies for the promotion of development in Brazil and Colombia. Journal of Developing Societies, 29(2), 189–212. https://doi.org/10.1177/0169796X13479707

Rothstein, J., & Yoon, A. (2006). Mismatch in Law School. [Working Paper Nº 07–008] Princeton Law and Public Affairs Working Paper Series. https://doi.org/10.2139/ssrn.881110

Schultz, T. W. (1961). Investment in human capital. The American Economic Review, 51(1), 1–17.

Silame, T. R., Martins Júnior, H., & Fonseca, A. H. S. (2020). O efeito das cotas: desempenho acadêmico dos estudantes cotistas da Universidade Federal de Viçosa – Campus Rio Paranaíba. Revista Brasileira de Ciência Política, 33, 1–36. https://doi.org/10.1590/0103-3352.2020.33.193375

Silva, B. C. M., Xavier, W. S., & Costa, T. M. T. (2020). Sistema de cotas e desempenho: uma comparação entre estudantes cotistas e não cotistas na Universidade Federal de Viçosa. Administração Pública e Gestão Social, 12(3). https://doi.org/10.21118/apgs.v12i3.6125

Silva, P. V. B., & Borba, C. A. (2018). Políticas afirmativas na pesquisa educacional. Educar Em Revista, 34(69), 151–191. https://doi.org/10.1590/0104-4060.58095

Silveira, A. C. (2016). Expectativas, estratégias e alcances de inserção profissional dos estudantes cotistas e não cotistas da Universidade Federal da Bahia (UFBA). [Tese de Doutorado]. Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal da Bahia (UFBA). https://repositorio.ufba.br/handle/ri/24873

Smart, J. C. (1986). College effects on occupational status attainment. Research in Higher Education, 24(1), 73–95. https://doi.org/10.1007/BF00973743

Sotero, E. C. (2009). Negros no ensino superior: trajetórias e expectativas de estudantes de Administração beneficiados por políticas de ação afirmativa (Prouni e Cotas) em Salvador. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade de São Paulo (USP). https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-12032010-124322/pt-br.php

Sowell, T. (2017). Ação afirmativa ao redor do mundo: um estudo empírico sobre cotas e grupos preferenciais. É Realizações.

Sullivan, A., Parsons, S., Green, F., Wiggins, R. D., & Ploubidis, G. (2018). Elite universities, fields of study and top salaries: which degree will make you rich? British Educational Research Journal, 44(4), 663–680. https://doi.org/10.1002/berj.3453

Thompson, J. (2019). Mobility in the middle: bachelor’s degree selectivity and the intergenerational association in status in the United States. Research in Social Stratification and Mobility, 60(January), 16–28. https://doi.org/10.1016/j.rssm.2019.02.001

Tomaszewski, W., Perales, F., Xiang, N., & Kubler, M. (2021). Beyond graduation: socio-economic background and post-university outcomes of australian graduates. Research in Higher Education, 62(1), 26–44. https://doi.org/10.1007/s11162-019-09578-4

Torche, F. (2011). Is a college degree still the great equalizer? Intergenerational mobility across levels of schooling in the United States. American Journal of Sociology, 117(3), 763–807. https://doi.org/10.1086/661904

Torche, F. (2018). Intergenerational mobility at the top of the educational distribution. Sociology of Education, 91(4), 266–289. https://doi.org/10.1177/0038040718801812

Useem, M., & Karabel, J. (1986). Pathways to top corporate management. American Sociological Review, 51(2), 184. https://doi.org/10.2307/2095515

Vieira, R. S., & Arends-Kuenning, M. (2019). Affirmative action in brazilian universities: effects on the enrollment of targeted groups. Economics of Education Review, 73. https://doi.org/10.1016/j.econedurev.2019.101931

Witteveen, D., & Attewell, P. (2017). Family background and earnings inequality among college graduates. Social Forces, 95(4), 1539–1576. https://doi.org/10.1093/sf/sow109

Zimmerman, S. D. (2019). Elite colleges and upward mobility to top jobs and top incomes. American Economic Review, 109(1), 1–47. https://doi.org/10.1257/aer.20171019




Licencia de Creative Commons
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional.