Incorporação de tecnologias em saúde na Agência Nacional de Saúde Suplementar: uma análise pela perspectiva do modelo de coalizão de defesa (2007-2016)

Antônio Sérgio Araújo Fernandes, Alana Mendonça Amorim
DOI: https://doi.org/10.21529/RECADM.2025002

Texto completo:

PDF (Português (Brasil))

Resumen

O trabalho apresenta um estudo sobre a política de incorporação de tecnologias na saúde suplementar, a partir da atualização do rol de procedimentos e eventos de saúde na Agência Nacional de Saúde Suplementar, no período de 2007 a 2016, com base no modelo de coalizão de defesa. O trabalho foi desenvolvido a partir de análise documental pública nas atas de reunião da agência. Os resultados mostram que a política de incorporação de tecnologias no sistema de saúde suplementar possui vários atores políticos com interesses diversos e, muitos deles, conflitantes. Nessa gama de atores, duas coalizões são identificadas: médicos e operadoras de planos de saúde, aqui identificadas como assistencialista e liberal, respectivamente. O trabalho conclui que a coalizão assistencialista obteve mais êxito na sua defesa política, possivelmente, por uma convergência de valores com as diretrizes da agência.


Palabras clave

Agência Nacional de Saúde Suplementar; incorporação de tecnologias de saúde; modelo de coalizão de defesa


Compartilhe


Referencias


Agência Nacional de Saúde Suplementar (2021a). Histórico.https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/quem-somos-1/historico

Agência Nacional de Saúde Suplementar (2021b). Cosaúde – Comitê permanente de regulação da atenção à saúde. https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-da-sociedade/comites-e-comissoes-1/cosaude-comite-permanente-de-regulacao-da-atencao-a-saude

Agência Nacional de Saúde Suplementar. (2023, 9 de julho). https://www.ans.gov.br/images/stories/Materiais_para_pesquisa/Perfil_setor/sala-de-situacao.html

Andrade, M. V., Noronha, K., Sa, E. B., Piola, S., Vieira, F. S., Vieira, R. S., & Benevides, R. (2018). Desafios do sistema de saúde brasileiro. Desafios da nação: artigos de apoio, 2, 357–414. Ipea.

Araújo, S. M. V. G. (2007). Coalizões de advocacia na formulação da política nacional de biodiversidade e florestas. [Dissertação de Mestrado, Instituto de Ciências Políticas, Universidade de Brasília. Repositório UnB. http://repositorio.unb.br/handle/10482/5756

Araújo, S. M. V. G. (2013). Política ambiental no Brasil no período 1992-2012: um estudo comparado das agendas verde e marrom. [Tese de Doutorado, Instituto de Ciências Políticas, Universidade de Brasília]. Repositório UnB. http://repositorio.unb.br/handle/10482/14599

Baird, M. F. (2017). Redes de influência, burocracia, política e negócios na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). [Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo]. Biblioteca Digital USP. https://doi.org/10.11606/T.8.2017.tde-01082017-182440

Capano, G. (2009). Understanding policy change as an epistemological and theoretical problem. Journal of Comparative Policy Analysis: Research and Practice, 11(1), 7–31. https://doi.org/10.1080/13876980802648284

Capelari, M. G. M., Araújo, S. M. V. G., & Calmon, P. C. P. (2015). Advocacy coalition framework: Um balanço das pesquisas nacionais. Administração Pública e Gestão Social, 7(2), 91–99. https://doi.org/10.21118/apgs.v7i2.4637

Guerra, L. C. B., Araújo, S. M., & Fernandes, A. S. A. (2016). O processo de formulação do programa universidade para todos: Atores, coalizões e interesses. Anais do Encontro de Administração Pública e Governança. 7 São Paulo. https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/20223

Jenkins-Smith, H. C., & Sabatier, P. A. (1993). Methodological appendix: measuring longitudinal change in elite beliefs using content analysis of public documents. In P. A. Sabatier, & H. C. Jenkins-Smith (Eds.), Policy change and learning: An advocacy coalition approach, 237–247. Westview Press.

Jenkins-Smith, H. C., Nohrstedt, D., Weible, C. M., & Sabatier, P. A. (2014). Advocacy coalition framework: Foundations evolution ongoing research. In P.A. Sabatier, & C. M. Weible (Eds.). Theories of the Policy Process (3a ed), 183–224. Westview Press.

Lisboa, R., Caetano, R. (2020). Avaliação de tecnologias em saúde na saúde suplementar brasileira: Revisão de escopo e análise documental. Saúde em Debate, 44(127), 1255–1276. https://doi.org/10.1590/0103-1104202012723

Mahoney, J., & Thelen, K. (2010). A theory of gradual institutional change. In: Explaining institutional change: Ambiguity, agency and power (pp. 1-37). Cambridge University Press.

Ma, J., & Vieira, D. M. (2020). Aprendizado e mudança em políticas públicas: Explorando possibilidades no Modelo de Coalizões de Defesa. Revista de Administração Pública, 54(6), 1672–1690.

Ma, J. F., Lemos, M. A. C., & Vieira, D. M. (2019). How’s the Advocacy Coalition Framework Doing? Some Issues since the 2014 Agenda. Anais do Seminários em Administração, 12. São Paulo. Recebido em 18 març.2020.http://login.semead.com.br/22semead/anais/arquivos/770.pdf

Ocké-Reis, C. O. (2012). SUS: O desafio de ser único. FioCruz.

Oliveira, H. C., & Sanches Filho, A. (2022). Uma breve trajetória dos elementos constitutivos do Advocacy Coalition Framework (ACF). Revista de Administração Pública, 56(5), 632–653. https://doi.org/10.1590/0034-761220220049

Pierce, J. J., Peterson, H. L., Jones, M. D., Garrard, S. P., Vu, T. (2017). There and back again: A tale of the advocacy coalition framework. Policy Studies Journal, 45(S1), S13–S46. https://doi.org/10.1111/psj.12197

Rebrats. (2023, 18 de junho). A Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde – Rebrats. https://rebrats.saude.gov.br/quem-somos

Sabatier, P. A. (1998). The advocacy coalition framework: Revisions and relevance for Europe. Journal of Europe Public Policy, 5(1), 98–130.

Sabatier, P. A., & Jenkins-Smith, H. C. (1993a). The advocacy coalition framework: An assessment, revisions, and implications for scholars and practioners. In P. A. Sabatier, & H. C. Jenkins-Smith (Eds.), Policy change and learning: An advocay coalition approach, 211–235). Western Press.

Sabatier, P. A. & Jenkins-Smith, H. C. (1993b). The dynamics of policy-oriented learning. In: H. C. Jenkins-Smith (Ed.), Policy change and learning: an advocacy coalition approach, 41–56. Westview Press.

Sabatier, P. A., & Jenkins-Smith, H. C. (1999). The advocacy coalition framework: An assessment. In P. A. Sabatier (Ed.), Theories of the Policy Process, 117–166. Westview Press.

Sabatier, P. A., & Weible, C. M. (2007). The advocacy coalition framework: Innovations and clarifications. In P. A. Sabatier (Ed.), Handbook on Policy, Process and Governing, 189–220. Westview Press.

Vicente, V. M. B. (2015). A análise de políticas públicas na perspectiva do modelo de coalizões de defesa. Revista Políticas Públicas, 19(1), 77–90. https://doi.org/10.18764/2178-2865.v19n1p77-90

Weible, C. M., Sabatier, P. A., Jenkins-Smith, H. C., Nohrstedt, D., Henry, A. D., & deLeon, P. (2011). A quarter century of the advocacy coalition framework: An Introduction to the Special Issue. Policy Studies Journal, 39(3), 349–360. https://doi.org/10.1111/j.1541-0072.2011.00412.x

Weible, C. M., Ingold, K., Nohrstedt, D., Henry, A. D., & Jenkins-Smith, H. C. (2020). Sharpening Advocacy Coalitions. Policy Studies Journal, 48(4), 2020, 1054–1081. https://doi.org/10.1111/psj.12360

Weible, C. M., Sabatier, P. A. & MCqueen, K. (2009). Themes and variations: Taking stock of the advocacy coalition framework. Policy Studies Journal, 37(1), 121–140. https://doi.org/10.1111/j.1541-0072.2008.00299.x




Licencia de Creative Commons
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional.