DE ADMINISTRADOR A GESTOR DO CONHECIMENTO: A COMUNIDADE DE PRÁTICA DESENVOLVENDO O PROFISSIONAL, A ORGANIZAÇÃO E A COMUNIDADE
Texto completo:
Artigo (Português (Brasil))Resumen
Nos estudos de desenvolvimento local, o conceito de capital social surgiu como um dos componentes essenciais dos processos de desenvolvimento de comunidades. Ao mesmo tempo, ao se afirmar como diferencial competitivo do século XXI, o conhecimento fez surgir a disciplina gestão do conhecimento que passou a trabalhar a interação social como elemento-chave na gestão do conhecimento organizacional. O Administrador, ao compreender as interações que acontecem tanto nos processos de desenvolvimento local como, principalmente, nos processos de gestão do conhecimento organizacional, no contexto de uma economia globalizada que expõe as empresas e as comunidades a uma competição cada vez mais acirrada, dominará diferenciais que irão lhe conferir capacidade de intervenção em ambientes economicamente e socialmente complexos. A competitividade nesses ambientes implica em uma integração da ação entre indivíduos, organizações e comunidades empreendedoras no que diz respeito a sua prática e identidade. O conceito de comunidade de prática (Wenger, 1998) utilizado pelos autores para a compreensão dessas questões é uma ferramenta de gestão do conhecimento que tem um histórico de aplicação de sucesso em grandes corporações como Banco Mundial, IBM e outras. Ao apresentar o conceito de comunidades de prática do ponto de vista organizacional e de interesse do Administrador, esse artigo também busca fazer, exploratoriamente, uma análise das possibilidades da aplicação do conceito como aglutinador das ações individuais, organizacionais e comunitárias dentro da perspectiva de desenvolvimento dos setores público, privado e terceiro setor.
Palabras clave
Referencias
ALMEIDA, A. Fº . Globalização e identidade cultural. São Paulo: Editorial Cone Sul,
CASTRO, C. de M. “A educação é o combustível do crescimento no Brasil”. Revista
Veja, São Paulo, 27.dezembro.2000.
DEMO, P. Política social do conhecimento. Petrópolis: Editora Vozes, 2000.
DRUCKER, P. Sociedade pós-capitalista. São Paulo: Editora Pioneira, 1999.
DRUCKER, P. “A nova força de trabalho”. Valor Econômico, São Paulo, 6.novembro.2001.
Suplemento The Economist.
ERNST, D.; LUNDVALL, B. Information technology in the learning economy –
challenges for developing countries. Druid Working Paper, Dinamarca, v. 97, n.12,
GRANOVETTER, M. “Economic action and social structure: The problem of
embedeedness“. American Journal of Sociology, v. 91, 1985. p. 481-510
LESSER, E.; PRUSAK, L. “Communities of practice, social capital and organizational
knowledge”. White paper, IBM Institute for Knowledge Management, Cambridge, 1999.
LIEBOWITZ, J. et al. Knowledge management – handbook. New York: CRC Press,
McDERMOTT, R. Why information technology inspired but cannot deliver knowledge
management. In: Lesser, E. et al. Knowledge and communities. Woburn: ButterworthHeinemann,
p. 23.
NAHAPIET, J.; GHOSHAL, S. “Social capital, intellectual capital and the organizational
advantage“. Academy of Management Review, v. 23, n. 2, abril, 1998. p. 242-266.
OINAS, P. “Voices and silences: The problem of access to embeddedness“. Geoforum,
v. 30, 1999. p. 351-361.
PREECE, J. “Suporting community and building social capital”. Communications of the
ACM, v.45, n. 4, p. 37, 2002.
PRUSAK, L.; COHEN, D. “How to invest in social capital “. Harvard Business Review,
v. 79, n. 6, junho, 2001. p. 86-93.
PUTNAM, R. Bowling alone: America´s declining social capital. Journal of Democracy.,
Baltimore, v. 6, n. 1, p. 65-78, 1995. Disponível em:
http://muse.jhu.edu/demo/journal_of_democracy/v006/putnam.html#REF11
WENGER, E. Communities of practice: learning, meaning and identity. Nova Iorque:
Cambridge University Press, 1998.
WENGER, E. Supporting communitites of practice: a survey of community-oriented
technologies. Relatório de pesquisa, versão 1.3, 2001. Disponível em:
www.ewenger.com.
WENGER, E.; SNYDER, A. W. Jr. “Communities of practice: The organizational
frontier”. Harvard Business Review, v. 75, n.1, dezembro/janeiro, 2000.
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional.