Carreira, mercado de trabalho e as lições de “DonAna” no processo de ensino-aprendizagem e pesquisa em Administração

Iraides Gonçalves Amaral, Nildes R. Pitombo Leite, Eline Dias Moreira, Miriam Assunção Tazem Salgueiro
DOI: https://doi.org/10.5329/RECADM.20121101006

Resumen

RESUMO

O objetivo geral desta pesquisa é investigar a contribuição do teatro para o processo de ensino-aprendizagem em Administração. Justifica-se, sobretudo, pelos aspectos contidos na indissociabilidade, entre ensino, pesquisa e extensão, aqui considerados relevantes. Contextualiza-se que ela foi realizada à luz do texto de “DonAna”, como base para análise da dinâmica entre as lições mostradas nesse espetáculo e a formação dos discentes em recursos humanos, na perspectiva de reflexão sobre carreira, mercado de trabalho e velhice. Os dados primários foram coletados por meio de entrevista em profundidade com o autor/ator da peça; questionário aberto e semiestruturado em uma survey de experiência com 107 discentes envolvidos no processo de ensino-aprendizagem com essa peça; um grupo focal com 11 discentes que também assistiram à peça e fizeram exercícios em sala de aula. A participação desses 118 discentes ocorreu com todos eles oriundos do curso de Administração de Recursos Humanos de uma universidade privada da cidade de São Paulo. Todos esses dados foram analisados pela técnica de análise dos conteúdos das mensagens. Os resultados indicam a contribuição do teatro para o processo de ensino-aprendizagem em Administração em cada uma das vertentes: ensino, pesquisa e extensão.


Palabras clave

Administração de Recursos Humanos; Arte-Educação; Ensino-Aprendizagem

Compartilhe

Referencias


Abbs, P. (1994). The educational imperative: a defense of Socratic and aesthetic learning. Washington DC: The Falmer Press.

Almeida, M. J. (2004). Imagens e sons: a nova cultura oral. São Paulo: coleção Questões da Nossa Época, n. 32, Cortez.

Araújo, A, P.; Alburquerque, L. G.; Silva, L. M. T. (2009). Mercado de trabalho e gestão de pessoas: mudanças e desafios. In: Alburquerque, L. G.; Leite, N. P. Gestão de pessoas: perspectivas estratégicas, pp. 55-70. São Paulo: Atlas.

Arthur, M. B.; Rousseau, D. M. (Eds.). (1996). The boundaryless career: a new employment principle for a new organization era. Oxford: Oxford University Press.

Balassiano, M.; Ventura, E. C. F.; Filho, J. R. F. (2004). Carreiras e cidades: existiria um melhor lugar para se fazer carreira? Revista de Administração Contemporânea, 8 (3), 99-116.

Bardin, L. (2010). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Beres, V. L. G. (2002). Quando nos tornamos velhos. São Paulo: Vetor.

Bianchi, E. M. P. G.; Quishida, A. (2009). Gestão estratégica de carreiras. In: Alburquerque, L. G.; Leite, N. P. Gestão de pessoas: perspectivas estratégicas, pp. 79-95. São Paulo: Atlas.

Brandão, M. S. (2004). Leve seu gerente ao cinema: filmes que ensinam. Rio de Janeiro: Qualitymark.

Cachioni, M.; Neri, A. L. (2004). Educação e gerontologia: desafios e oportunidades. Revista Brasileira de Ciência do Envelhecimento Humano, 99-115.

Carvalho, J. L. F. S. (2007). Estimulando a criatividade e o pensamento crítico: o professor como autor, diretor e dramaturgo. In: Davel, E.; Vergara, S. C.; Ghadiri, D. P.(Org.) Administração com arte: experiências vividas de ensino-aprendizagem, pp. 173-184. São Paulo: Atlas.

Cavassin, J. (2008). Perspectivas para o teatro na educação como conhecimento e prática pedagógica. Revista Científica FAP, 3, 39-52.

Chanlat, J. (1995). Quais carreiras e para qual sociedade? (I). Revista da Administração de Empresas. São Paulo: 35 (6), 67-75, nov./dez..

Chizzotti, A. (2008). Pesquisa qualitativa em ciências humanas e sociais. Petropólis: Vozes.

Cooper, D. R.; Schindler, P. S. (2003). Métodos de pesquisa em Administração. Porto Alegre: Bookman.

Costa, A. S. (2004). Teatro, educação e ludicidade: novas perspectivas em educação. Revista da FACED, 8, 94-108.

Davel, E.; Vergara, S. C.; Ghadiri, D. P. (2007). Administração com arte: papel e impacto da arte no processo de ensino-aprendizagem. In: Davel, E.; Vergara, S. C.; Ghadiri, D. P. Administração com arte:

experiências vividas de ensino-aprendizagem, pp. 13-26. São Paulo: Atlas.

Davel, E.; Vergara, S.; Ghadira, S.; Fischer, T. (2004). Revitalizando a relação de ensino-aprendizagem em administração por meio de recursos estéticos. Paper presented at the XXVIII EnANPAD. Curitiba.

Debert, G. G. (2004). Reinvenção da velhice. São Paulo: EDUSP.

Dewey, J. (1934). Art as experience. New York: Perigee Books.

Duarte, R. (2002). Cinema e educação. Belo Horizonte: Autêntica.

Dutra, J. S. (2002). A gestão da carreira. In: Fleury, M. T. L. (Org.). As pessoas na organização, pp. 99-114. São Paulo: Gente.

Dutra, J. S. (2011). Gestão de pessoas: modelos, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas.

Evans, P. (1996). Carreira, sucesso e qualidade de vida. Revista de Administração de Empresas. 36 (3), 14- 22. São Paulo: FGV.

Gatti, B. A. (2005). Grupo focal nas pesquisas em ciências sociais e humanas. Brasília: Liber Livro.

Goodman, N. (1976). Languages of art: an approach to a theory of symbols. Indianapolis: Hackett.

Ipiranga, A. S. R. (2007). A narração fílmica no ensino de gestão de pessoas e de comportamento organizacional. In: Davel, E.; Vergara, S. C.; Ghadiri, D. P. (Org.) Administração com arte: experiências vividas de ensino-aprendizagem, pp. 81-91. São Paulo: Atlas.

Kind, L. (Jun./2004). Notas para o trabalho com a técnica de grupos focais. Psicologia em Revista, 10 (15), 124-136. Belo Horizonte.

Koudela, I. D.; Santana, A. P. (2005). Abordagens metodológicas do teatro na educação. Ciências Humanas em Revista, 3 (2), 145-154. São Luis.

Leite, N. R. P.; Leite, F. P. (2007). Um estudo observacional do filme Denise Está Chamando à luz da teoria de ação de Chris Argyris e Donald Schön. Revista de Gestão da USP,.14 (Especial), 77-91.

Leite, N. R. P.; Leite, F. P. (2010). A linguagem fílmica na formação e no fortalecimento de grupos, equipes e times de trabalho: aplicações do estudo observacional. In: Revista de Gestão da USP, 17 (1), 75-97.

Leite, N. R. P.; Leite, F. P. Nishimura, A. T.; Cherez, R. L. (2010). Educação tutorial: revitalizando ensinoaprendizagem e pesquisa em administração. Revista Adm. FACES Journal, 14 (4), 87-104.

Leite, N. R. P.; Nishimura, A. T.; Leite, F. P. (2010). O estudo do construto amor em Administração: ciência ou senso comum? Revista REUNA, 15 (2), 59-81.

London, M.; Stumph, S. A. (1982). Managing careers. Reading: Addison-Wesley.

Luckesi, C. C. (2002). Ludicidade e Atividades Lúdicas – uma Abordagem a partir da Experiência Interna. In Porto, B. de S. (Org.). Ludicidade: o que é mesmo isso? Salvador: Faced/PPGEDU.

Magalhães, M. O.; Gomes, W. B. (2005). Personalidades Vocacionais, generatividade e carreira na vida adulta. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 6 (2), 71-80.

Magalhães, M. O.; Krieger, D. V.; Vivian, A. G.; Straliotto, M. C.; Poeta M. P. (2004). Padrões de ajustamento na aposentadoria. Revista Aletheia, 19, 57-68.

Magalhães, M. O.; Martinuzzi, V.; Teixeira, M. A. P. (2004). Relações entre estilos cognitivos e interesses vocacionais. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 5 (2), 11-20.

Mattos, P. L. C. L. (2006). Os resultados de minha pesquisa qualitativa não podem ser generalizados: pondo os pingos nos is dessa ressalva. Paper presented at the XXX EnANPAD. Salvador.

Mattos, P. L. C. L. (2009). “Administração é ciência ou arte?” O que podemos aprender com este mal entendido? Revista de Administração de Empresas, 3 (49), 349-360. São Paulo: FGV.

Monteiro, P. P. (2005). Envelhecer: histórias, encontros, transformações. Belo Horizonte: Autêntica.

Morgan, D. L. (1997). Focus groups as qualitative research. London: SAGE Publications.

Napolitano, M. (2009). Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto.

Offe, C.; Hinrich, K. (1984). Economia social do mercado de trabalho: diferencial primário e secundário de poder. In: Offe, C. Trabalho & Sociedade: problemas estruturais e perspectivas para o futuro da sociedade do trabalho. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro.

Oliveira, M; Freitas, H. (2006). Focus groups: instrumentalizando o seu planejamento. In: Godoi, C. K.; Bandeira-de-Mello, R.; Silva, A. B. (Orgs.). Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais – paradigmas, estratégias e métodos, pp. 325-346. São Paulo: Saraiva.

Powell, R. A.; Single, H. M. (1996). Focus groups. International Journal for Quality in Health Care, 8 (5), 499- 505. http://dx.doi.org/10.1093/intqhc/8.5.499. PMid:9117204

Richardson, R. (1989). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas.

Taylor, S. S. (2007). Experimentando diferentes modos de conhecimento por meio da improvisação teatral.

In: Davel, E.; Vergara, S. C.; Ghadiri, D. P. (Orgs). Administração com arte: experiências vividas de ensinoaprendizagem, pp. 185 – 194. São Paulo: Atlas.

Vergara, S. C. (2003). Repensando a relação ensino-aprendizagem em Administração: argumentos teóricos, páticas e recursos. Organizações & Sociedade, 10 (28).

Vergara, S. C. (2005). Métodos de pesquisa em administração. São Paulo: Editora Atlas.

Vergara, S. C. (2007). Arte cenográfica, vídeos, dramatizações e música no ensino de teoria das organizações. In: Davel, E.; Vergara, S. C.; Ghadiri, D. P. (Orgs). Administração com arte: experiências vividas de ensino-aprendizagem pp. 277 – 286. São Paulo: Atlas.

Vergara, S. C.; Davel, E.; Ghadiri, D. P. (2007). Concluindo – Arte no ensino de administração e administração com arte. In: Davel, E.;

Vergara, S. C.; Ghadiri, D. P.(Orgs). Administração com arte:

experiências vividas de ensino–aprendizagem pp. 287 – 290. São Paulo: Atlas.

Wood Jr., T. (2000). Metáforas espetaculares: do dramatismo teatral ao dramatismo cinematográfico. Paper presented at the XXIV EnANPAD. Florianópolis.




Licencia de Creative Commons
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional.