Confiança e Desempenho de Equipes
Texto completo:
ArtigoResumo
Este artigo teve como objetivo analisar como a confiança se relaciona com o desempenho de equipes. Entende-se confiança como uma relação entre duas ou mais partes, na qual há expectativa mútua do cumprimento do que foi combinado; e alto desempenho, o atingimento ou superação das metas estabelecidas. Foi realizado um estudo de caso de caráter qualitativo, em uma empresa do setor de construção civil, a partir da seleção intencional de uma equipe de alto desempenho (Equipe Alfa) e outra de baixo desempenho (Equipe Beta). A coleta de dados foi realizada por meio de análise documental, de entrevistas individuais e de observação de reunião. Os resultados indicaram que a Equipe Alfa demonstrou comportamentos relativos à confiança transacional e transformadora, encontrando-se no estágio de realização; apresenta disposição para desenvolver-se, correr riscos, inovar e melhorar; e alto desempenho em termos do atingimento das metas propostas. A Equipe Beta apresentou comportamentos mais relacionados à confiança transacional, encontrando-se no estágio de formação; apresenta disposição para consistência, compromisso e capacidade; e baixo desempenho. Esses resultados indicam que há uma relação entre a confiança transacional e transformadora e o alto desempenho em equipes.
Palavras-chave
Referências
Bennis, W.; Nanus, B. (1998). Líderes: estratégias para assumir a verdadeira liderança. São Paulo: Harbra.
Biehl, K. A. Grupos e equipes de trabalho: uma estratégia de gestão. In: Bitencourt, C. (Org.). (2004). Gestão contemporânea de pessoas: novas práticas, conceitos tradicionais. Porto Alegre: Bookman, p.133-143.
Child, J. (2001). Trust – The Fundamental Bond in Global Collaboration. Organizational Dynamics, v.29, n.4, p.274-288.
Child, J., Rodrigues, S. B. (2004). Repairing de Breach of Trust in Corporate Governance. Corporate Governance: An International Review. v. 12, n.2, p.143-152.
Collis, J.; Hussey, R. (2005). Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman.
Comte-Sponville, A. (1995). Pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo: Martins Fontes.
Dias, H.B. P. D. (2010). Liderança, confiança e desempenho percebido. 175 p. Dissertação (Mestrado em Gestão). Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra. Coimbra.
Drumond, V. S. (2007). Confiança e liderança nas organizações. São Paulo: Thomson Learning.
Duhá, A. H. (2007). Organizações de equipes efetivas: variáveis, processos e estratégias de investigação. 2007. 98f. Tese (Doutorado em Psicologia) – Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.
Duluc, A. (2000). Liderança e confiança: desenvolver o capital humano para organizações competitivas. Lisboa: Instituto Piaget.
Fukuyama, F. (1996). Confiança: as virtudes sociais e a criação da prosperidade. Rio de Janeiro: Ed. Rocco.
Giddens, A. (1991). As conseqüências da modernidade. São Paulo: UNESP.
Hacker, S. K.; Willard, M. L. (2002). The trust imperative: performance improvement through productive relationships. Milwaukee: ASQ.
Ivancevich, J. M. (2008). Gestão de recursos humanos. São Paulo: McGraw-Hill.
Janowicz, M., Noorderhaven, N. (2002). The Role of Trust in Interorganizational Learning Joint Ventures Center, v.119.
Janowicz, M., Noorderhaven, N. (2009). Trust, calculation and interorganizational learning of tacit knowledge: An organizational roles perspective. Organization Studies, v. 30, n. 10, p.1021-1044.
Katzenbach, J. R. (2001). Equipes campeãs: desenvolvendo o verdadeiro potencial de equipes e líderes. Rio de Janeiro: Campus.
Katzenbach, J. R.; Smith, D. K. (1994). A força e o poder das equipes. São Paulo: Makron Books.
Katzenbach, J. R.; Smith, D. K. (2001). Equipes de alta performance: conceitos, princípios e técnicas para potencializar o desempenho das equipes. Rio de Janeiro: Campus.
Kotter, J. P. (1997). Liderando mudança. 13.ed. Rio de Janeiro: Elsevier.
Kraemer, R.M., Tyler, T. R. (eds.). (1996). Trust in organizations: Frontiers of theory and research. Thousand Oaks, CA: Sage.
Lane, C. (1996). Theories and issues in the study of trust. In: Lane, C.; Bachamann, R. (orgs.) Trust within and between organizations: compectual issues and empirical applications. New York: Oxford Uiversity Press Inc.
Lane, C., Bachmann, R. (orgs). (1997). Trust Within and between Organizations. Oxford: Oxford University Press.
Leana, C. R.; Burren, H.J.V. (1999). Organizational Social Capital and Employment Practices. Academy of Management Review, v.24, n.3, 539-555.
Lewicki, R.; Bunker, B. B. Developing and maintaining trust in work relationships. In: Kramer, R. M.; Tyler, T. R. (1996). Trust in organizations: frontiers of theory and research. Thousand Oaks: Sage Pub.
Luhmann, N. (1979).Trust and power. Chichester: Wiley.
Mandelli, P. (2001). Muito além da hierarquia: revolucione sua performance como gestor de pessoas. São Paulo: Gente.
Marras, J. P. (2000). Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico. 3ª. Ed. São Paulo: Futura.
Mey, W. A.; Lima, M. R. S. (2002). Os fatores dificultadores e os fatores facilitadores na implementação e consolidação do modelo de trabalho por equipes autogerenciadas (EAGs). Anais do ENANPAD, XXVI, Salvador. (1CD ROM)
Möllering, G. (2001). The Nature of Trust: From Georg Simmel to a Theory of Expectation, Interpretation and Suspension. Sociology. v. 35, n. 2, p.403-420.
Moscovici, F. (1985). Desenvolvimento interpessoal. 3.ed. Rio de Janeiro: LTC.
Novelli, J. G. N. (2004). Confiança interpessoal na sociedade de consumo: a perspectiva gerencial. 228 f. 2004. Tese (Doutorado em Administração). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Reina, D. S.; Reina, M. L. (2006). Trust and betrayal in the workplace: building effective relationships in your organization. San Francisco: Berrett-Koelher Pub.
Robbins, H.; Finley, M. (1997). Por que as equipes não funcionam. 4.ed. Rio de Janeiro: Campus.
Rosseau, D. M. et al. (1998). Not so different after all: a cross-discipline view of trust. Academy of Management Review, New York, v.23, n.3p. 393-404.
Schein, E. (1977). Consultoria de procedimentos: seu papel no Desenvolvimento Organizacional. São Paulo: Edgard Blucher.
Scholtes, P. R. (1992). Times da qualidade: como usar equipes para melhorar a qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark.
Sheppard, B. H.; Sherman, D. M. (1998). The grammars of trust: a model and general implications. Academy of Management Review, v.23, n.3.
Tsai, W., Ghoshal, S. (1998). Social Capital and Value Creation: the role of intrafirm networks. Academy of Management Journal, v.41, n.4, 464-476.
Tzafrir, S.S.; Harel G.H. (2002). Trust-me: a scale form measuring manager employer trustworthiness. Academy of Management Review, Missisippi State.
Vergara, S. C. (2004). Projetos e relatórios de pesquisa em Administração. 4.ed. São Paulo: Atlas.
Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: planejamento e métodos. 3.ed. Porto Alegre: Bookman.
Zand, E.E. (1972). Trust and managerial problem solving. Administrative Science Quarterly, v.17, n.2, p.229-239.
Zanini, M.T. (2007). Confiança: o principal ativo intangível de uma empresa. Rio de Janeiro: Elsevier.
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.