Bem-Estar Subjetivo de Imigrantes Senegaleses

Jaqueline de Quadros Dill Lague, Shalimar Gallon, Priscila Sardi Cerutti
DOI: https://doi.org/10.21529/RECADM.2019010

Texto completo:

PDF

Resumo

O Bem-Estar Subjetivo (BES) é a temática que se dedica a compreender como as pessoas avaliam a satisfação em suas vidas, a qual considera aspectos pessoais, vivências, valores e expectativas. Assim, investigar os aspectos que influenciam o BES dos imigrantes pode contribuir com sua melhor adaptação ao novo país. Nesse sentido, esta pesquisa teve como objetivo descrever o BES de imigrantes senegaleses por meio de uma pesquisa qualitativa exploratória. A coleta de dados foi realizada por meio de um grupo focal com imigrantes senegaleses e entrevista semiestruturada com gestores desses imigrantes. Para a análise dos dados, utilizou-se a análise de conteúdo. Nos resultados, identificou-se que as categorias que afetam no sentimento de BES dos imigrantes senegaleses são elementos econômicos e culturais, expectativas e emoções. Estes resultados contribuem com o avanço científico por mostrar como ocorre a relação entre o trabalhador imigrante e a empresa em que ele está inserido, mostrando uma vertente social e psicológica dessa realidade vivenciada pelos imigrantes no Brasil.


 


Palavras-chave

bem-estar subjetivo; qualidade de vida; imigração


Compartilhe


Referências


Acnur - Alto Comissariado Das Nações Unidas Para Refugiados. (2016). Dados sobre refúgio no Brasil. Recuperado em 26 julho, 2018, de http://www.acnur.org/portugues/dados-sobre-refugio/dados-sobre-refugio-no-brasil/

Acnur - Alto Comissariado Das Nações Unidas Para Refugiados. (2015). SEDS e ACNUR promovem capacitação para atendimento social a refugiados e migrantes. Recuperado em 31 julho, 2016, de http://www.acnur.org/portugues/noticias/noticia/seds-e-acnur-promovem-capacitacao-para-atendimento-social-a-refugiados-e-migrantes/?sword_list []=migra%C3%A7%C3%B5es&no_cache=1

Albuquerque, A., & Troccóli, B. (2004). Desenvolvimento de uma escala de bem-estar subjetivo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20(2), 153-164.

Andrews, F., & Robinson, J. (1991). Measures of subjective wellbeing. In: Robinson, J., Shaver, P., Wrightsman, L. (Orgs.). Measures of Personality and Social Psychological Attitudes. San Diego: Academic Press, 61-67.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Bradburn, N. (1969). The structure of psychological well-being. Chicago: Aldine.

Brebner, J., Donaldson, J., Kirby, N., & Ward, L. (1995). Relationships between happiness and personality. Personality and Individual Differences, 19(2), 251-258.

Brown, S. (1996). Meta-analysis and review of organizational research on job involvement. Psychological Bulletin, 120(2), 235–255.

Cachioni, M., Delfino, L., Yassuda, M., Batistoni, S., Melo, R., & Domingues, M. (2017). Bem-estar subjetivo e psicológico de idosos participantes de uma Universidade aberta à terceira idade. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 20(3), 340-352.

Campbell, A., Coverse, P., & Rogers, W. (1976). The Quality of American life: perceptions, evaluations and satisfactions. New York: Russel Sage Foundations.

Costa, P., & Gelmino, A. (2012). Haitianos em Manaus: dois anos de imigração – e agora! Travessia – Revista do Migrante, (70), 91-99.

Csikszentmihalyi, M. (1999). A descoberta do fluxo: a psicologia do envolvimento com a vida cotidiana. (P. Ribeiro, Trad.). Rio de Janeiro: Rocco.

Diener, E. (2000). Subjective well-being - The science of happiness and a proposal for a national index. American Psychologist, 55(1), 34-43.

Diener, E. (1996). Subjective well-being in cross-cultural perspective. In: Hector G. (Ed.). Key issues in cross-cultural psychology: selected papers from the Twelfth International Congress of the International Association for Cross-Cultural Psychology. San Diego: Academic Press.

Diener, E. (1984). Subjective wellbeing. Psychological Bulletin, 95(3), 542-575.

Diener, E., & Diener, C. (1996). Most people are happy. Psychological Science, 7(3), 181-185.

Diener, E., & Seligman, M. (2004). Beyond money: toward an economy of well-being. Psychological. Science in the Public Interest, 5(1), 1-31.

Diener, E., Suh, E., Lucas, R., & Smith, H. (1999). Subjective wellbeing: Three decades of progress. Psychological Bulletin, 125(2), 276-302.

Diener, E., & Chan M. (2011). Happy people live longer: subjective well-being contributes to health and longevity. Appl Psychol Health Well Being, 3(1), 1-43.

Diener, E., & Ryan, K. (2009). Subjective well-being: a general overview. South African Journal of Psychology, 39(4), 391- 406.

Dill, J., Anese, V., Severo, E., & Costa, C. (2015, novembro). Mercado de trabalho e imigração: análise da inclusão de haitianos e senegaleses em uma empresa alimentícia no Norte do Rio Grande do Sul. Anais do XXII Simpósio de Engenharia de Produção (SIMPEP), Bauru, SP, Brasil, 22.

English, T., & Carstensen L. (2015). Socioemotional selectivity theory. In: A. Pachana Encyclopedia of Geropsychology. Singapore: Springer Singapore.

Espeiorin, V. (2014). A nova cara do imigrante. Revista UCS, 2(11).

Fernandes, D., & Castro, M. (2014). Estudos sobre a migração haitiana ao Brasil e diálogo bilateral. Relatório Final. Recuperado em 27 fevereiro, 2018, de http://obs.org.br/cooperacao/download/34_7a099729afe2d4aaf109503e6daf3908

Flick, U. (2009). Introdução à pesquisa qualitativa (3ed). Porto Alegre: Artmed.

Fraga, W. (2006). Uma história do negro no Brasil. Salvador: Fundação Palmares.

G1. (2015). Entenda a situação de países de onde saem milhares de imigrantes à Europa. Recuperado em 28 agosto, 2018, de http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/08/entenda-situacao-de-paises-de-onde-saem-milhares-de-imigrantes-europa.html

Galinha, I., & Ribeiro, J. (2005). História e evolução do conceito de bem-estar subjetivo. Psicologia Saúde & Doenças, 6(2), 203-214.

George, L. (1981). Subjective Well Being. Conceptual and Methodological Issues. Annual Review of Gerontology and Geriatrics, 2, 345-382.

Giacomoni, C. (2004). Bem-estar subjetivo: em busca da qualidade de vida. Temas em Psicologia, 12(1), 1401-1410.

Glatzer, W. (1987). Subjective Well-being: components of well-being. Social Indicators Research, 19, 25-38.

Horley, J. (1984). Life Satisfaction, Happiness and Morale: Two problems with the use of Subjective Well-being indicators. The Gerontologist, 24(2), 124-127.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010). Publicação aborda aspectos teóricos e analisa deslocamentos populacionais no Brasil. Recuperado em 25 de fevereiro, 2019, de https://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo.html?busca=1&id=1&idnoticia=1928&t=publicacao-aborda-aspectos-teoricos-analisa-deslocamentos-populacionais-brasil&view=noticia

Kühnel, J., Sonnentag, S., & Westman, M. (2009). Does work engagement increase after a short respite? The role of job involvement as a double-edged sword. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 82(3), 575-594.

Lawrence, R., & Liang, J. (1988). Structural integration of the affect balance scale and the life satisfaction index A: race, sex, and age differences. Psychology and Aging, 3(4), 375-384.

Lyubomirsky, S., King, L., & Diener, E. (2005). The benefits of frequent positive affect: does happiness lead to success? Psychological Bulletin, 131(6), 803-855.

Mccrae, R., & John, O. (1992). An introduction to the five-factor model and its applications. Journal of Personality, 60(2), 175-215.

Mckennell, A. (1978). Cognition and affect in perception of well-being. Social Indicators Research, 5(1-4), 389-426.

Michalos, A. (1985). Multiple Discrepancies Theory (MDT). Social Indicators Research, 16(4), 347-413.

Miles, H., Macleod, A., & Pote, H. (2004). Retrospective and prospective cognitions in adolescents: anxiety, depression, and positive and negative effect. Journal of Adolescesse, 27(6), 691-701.

Nunes, C., Hutz, C., & Giacomoni, C. (2009). Associação entre bem estar subjetivo e personalidade no modelo dos cinco grandes fatores. Avaliação Psicológica, 8(1), 99-108.

O’Donnell, M. (1986). Definition of Health Promotion. American Journal of Health Promotion, 1(1), 4-5.

Rabello, G., Lague, J., Nogueira, J., & Macke, J. (2016, novembro). Cultura organizacional: percepção das práticas e valores organizacionais de expatriados e Imigrantes em organizações do sul do Brasil. Anais do II Hopead - Horizontes de Pesquisa em Administração, Passo Fundo, RS, Brasil, 2.

Ryff, C. (2013). Psychological well-being revisited: Advances in the science and practice of eudaimonia. Psychother Psychosom, 83(1), 10-28.

Ryff, C., & Keyes, C. (1995). The structure of psychological well-being revisited. Journal of Personality and Social Psychology, 4(69), 719-727.

Saraceno, B. (1995). Mental health promotion and psychiatric care: a common final path? In: D. Trent, & C. Reed. (Orgs.). Promotion on Mental Health (4ed). Aldershot: Avebury.

Schrover, M. (2009). History of international migration. Recuperado em 13 março, 2016, de http://www.let.leidenuniv.nl/history/migration/

Seligman, M., & Csikszentmihalyi, M. (2000). Positive psychology: an introduction. American Psychologist, 55(1), 5-14.

Semeraro, G. (2013). A concepção de trabalho na filosofia de Hegel e de Marx. Educação e Filosofia, 27(53), 87-104.

Shin, D., & Johnson, D. (1978). Avowed happiness as an overall assessment of the quality of life. Social Indicators Research, 5(1), 475-492.

Siqueira, M., & Gomide, S., Jr. (2004). Vínculo do indivíduo com o trabalho e com a organização. In: J. C. Zanelli (Org.). Psicologia organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed.

Siqueira, M., Orengo, V., & Peiró, J. (2014). Bem-estar no trabalho. In: Siqueira, M. (Org.). Novas medidas do comportamento organizacional: ferramentas de diagnóstico e de gestão. Porto Alegre: Artmed.

Siqueira, M., & Padovam, V. (2008). Bases teóricas de bem-estar subjetivo, bem-estar psicológico e bem-estar no trabalho. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 24(2), 201-209.

Snyder, C., & Lopez, S. (2009). Psicologia Positiva. Porto Alegre: Artmed.

Stahl, G. & Caligiuri, P. (2005). The effectiveness of expatriate coping strategies: the moderating role of cultural distance, position level, and time on the international assignment. Journal of Applied Psychology, 90(4), 603-615.

Steel, P., Schmidt, J., & Schultz, J. (2008). Refining the relationship between personality and subjective well-being. Psychological Bulletin, 134(1), 138-161.

Terris, M. (1975). Approaches to an epidemiology of health. The American Journal of Public Health, 65(10), 1037-1045.

Vermunt, R., Spaans, E., & Zorge, F. (1989). Satisfaction, happiness and well-being of dutch students. Social Indicators Research, 21(1), 1-33.

Watson, D. (2005). Positive affectivity: the disposition to experience pleasurable emotional states. In: Snyder, C., & Lopez, S. Handbook of positive psychology. New York: Oxford University Press.

Woyciekoski, C., Stenert, F., & Hutz, C. (2012). Determinantes do bem-estar subjetivo. Psico, 43(3), 280-288.

Zamberlam, J., Corso, G., Cimadon, J., & Bocchi, L. (2014). Os novos rostos da imigração no Brasil - Haitianos no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Solidus.

Zanon, C., & Hutz, C. (2010). Relações entre bem-estar subjetivo, neuroticismo, ruminação, reflexão e sexo. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 2(2), 118-127.




Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.