Redução da Escala Tendência Empreendedora Geral (TEG-FIT) a partir do Coeficiente de Validade de Conteúdo (CVC) e Teoria da Resposta ao Item (TRI)

Luis Anunciação, Sérgio Roberto da Silva, Fernando de Almeida Santos, J. Landeira-Fernandez
DOI: https://doi.org/10.21529/RECADM.2018008

Texto completo:

PDF (Português (Brasil))

Resumen

A taxa de empreendedorismo no Brasil apresenta-se crescente, o que gera necessidade de medir essa habilidade de forma objetiva e padronizada. Um dos instrumentos que apresenta crescente utilização em pesquisas brasileiras é a Tendência Empreendedora Geral (TEG), proposta por Caird, na década de 1990. No entanto, tendo em vista que essa escala é composta por 54 itens, sua extensão inibe sua utilização em diversos contextos. Posto isso, o objetivo deste trabalho foi o de desenvolver uma versão reduzida dessa escala preservando suas características essenciais. Metodologicamente, duas etapas foram empregadas: inicialmente, especialistas em empreendedorismo (juízes) avaliaram o conteúdo e a facilidade de entendimento dos itens e, em seguida, as respostas foram modeladas por um modelo de 2 Parâmetros Logísticos (2PL) da Teoria de Resposta ao Item (TRI), utilizando os dados de 147 participantes. A versão final consistiu em uma escala suficientemente unidimensional, que mede o empreendedorismo por 19 itens dicotômicos e que foi chamada de TEG-FIT. O presente estudo oferece um novo instrumento para medida do empreendedorismo.


Palabras clave

Empreendedorismo; Teoria de Resposta ao Item; Psicometria; Administração

Compartilhe

Referencias


Ahmad, N., & Seymour, R. (2008). Defining Entrepreneurial Activity: Definitions Supporting Frameworks for Data Collection. OECD Statistics Working Paper. SSRN Electronic Journal. https://doi.org/10.2139/ssrn.1090372

Alexandre, N. M. C., & Coluci, M. Z. O. (2011) Validade de conteúdo nos processos de construção e adaptação de instrumentos de medidas. Ciência & Saúde Coletiva, 16(7), 3061–3068. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000800006

Alves, L. R. R., & Bornia, A. C. (2011) Desenvolvimento de uma escala para medir o potencial empreendedor utilizando a Teoria da Resposta ao Item (TRI). Gestão & Produção, 18(4), 775–790. https://doi.org/10.1590/S0104-530X2011000400007

Anunciação, L., Silva, S. R. da, Welita, M., & Landeira-Fernandez, J. (2017) Uma análise da capacidade empreendedora dos taxistas da cidade de santo andré analysis of the entrepreneurial ability of taxi drivers of Santo André. Empreendedorismo, Gestão E Negócios, 6(6), 45–54. Retrieved March 5, 2018, from http://fatece.edu.br/arquivos/arquivos revistas/empreendedorismo/volume6/3.pdf

Barros, A. A. de, & Pereira, C. M. M. de A. (2008) Empreendedorismo e crescimento econômico: uma análise empírica. Revista de Administração Contemporânea, 12(4), 975–993. https://doi.org/10.1590/S1415-65552008000400005

Benedetti, M. H., Rebello, K. M. R., & Reyes, D. E. C. (2006) Empreendedores e Inovação: Contribuições para a Estratégia do Empreendimento. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa - RECADM, 5(1), 1–15. https://doi.org/10.5329/375

Caird, S. P. (1991) Testing Enterprising Tendency In Occupational Groups. British Journal of Management, 2(4), 177–186. https://doi.org/10.1111/j.1467-8551.1991.tb00025.x

Caird, S. P. (1993) What Do Psychological Tests Suggest about Entrepreneurs? Journal of Managerial Psychology, 8(6), 11–20. https://doi.org/10.1108/02683949310047428

Cappelleri, J. C., Jason Lundy, J., & Hays, R. D. (2014) Overview of Classical Test Theory and Item Response Theory for the Quantitative Assessment of Items in Developing Patient-Reported Outcomes Measures. Clinical Therapeutics, 36(5), 648–662. https://doi.org/10.1016/j.clinthera.2014.04.006

Croasmun, J. T., & Ostrom, L. (2011) Using Likert-Type Scales in the Social Sciences. Journal of Adult Education, 40(1), 19–22. https://doi.org/10.1007/s10640-011-9463-0

Cromie, S., & Callaghan, I. (2001) Assessing Enterprising Attributes — the Usefulness of Caird’S General Enterprising Tendency (Get) Test. Journal of Small Business and Enterprise Development, 4(2), 65–71. https://doi.org/10.1108/eb020981

Cromie, S., Callaghan, I., & Jansen, M. (1992).The Entrepreneurial Tendencies of Managers: a Research Note. British Journal of Management, 3(1), 1–5. https://doi.org/10.1111/j.1467-8551.1992.tb00031.x

Dal Molin Flores, A., & Santos, L. (2014) O Perfil Empreendedor dos Acadêmicos de Administração Em Uma Cidade do Sul do País. Revista Acadêmica São Marcos, 4(1), 71–88. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2015.02.001

Daniels, C., Herrington, M., & Kew, M. (2016). Global Entrepreneurship Monitor 2015/2016: Special Report on Entrepreneurial Finance. Global Entrepreneurship Monitor. https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004

Espíritu-Olmos, R., & Sastre-Castillo, M. A. (2015) Personality traits versus work values: Comparing psychological theories on entrepreneurial intention. Journal of Business Research, 68(7), 1595–1598. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2015.02.001

Foster, G. C., Min, H., & Zickar, M. J. (2017) Review of Item Response Theory Practices in Organizational Research. Organizational Research Methods, 20(3), 465–486. https://doi.org/10.1177/1094428116689708

Frese, M., & Gielnik, M. M. (2014) The Psychology of Entrepreneurship. Annual Review of Organizational Psychology and Organizational Behavior, 1(1), 413–438. https://doi.org/10.1146/annurev-orgpsych-031413-091326

Furr, R. M., & Bacharach, V. R. (2008). Psychometrics: An Introduction. Thousand Oaks, CA: Sage Publications.

Galindo, M.-Á., & Méndez, M. T. (2014) Entrepreneurship, economic growth, and innovation: Are feedback effects at work? Journal of Business Research, 67(5), 825–829. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2013.11.052

Gathungu, J. (2014) Entrepreneurial Intention, Culture, Gender and New Venture Creation: Critical Review. International Journal of Business and Social Research, 4(2), 112–132. Retrieved March 5, 2018, from http://thejournalofbusiness.org/index.php/site/article/view/402

Iizuka, E. S., & Moraes, G. H. S. M. de. (2014) Análise do Potencial e Perfil Empreendedor do Estudante de Administração e o Ambiente Universitário: Reflexões Para Instituições de Ensino. Administração: Ensino E Pesquisa, 15(3), p.593. https://doi.org/10.13058/raep.2014.v15n3.16

Martins, G. A. (2006) Sobre confiabilidade e validade. Revista Brasileira de Gestao de Negocios, 8(20), 1–12. https://doi.org/10.7819/rbgn.v8i20.51

Masson, L. F., McNeill, G., Tomany, J. O., Simpson, J. a, Peace, H. S., Wei, L., Bolton-Smith, C. (2003) Statistical approaches for assessing the relative validity of a food-frequency questionnaire: use of correlation coefficients and the kappa statistic. Public Health Nutrition, 6(3), 313–321. https://doi.org/10.1079/PHN2002429

Muñiz, J., van der Linden, W. J., & Hambleton, R. K. (2008) Handbook of Modern Item Response Theory. New York: Springer Science.

Obschonka, M., Silbereisen, R. K., & Schmitt-Rodermund, E. (2010). Entrepreneurial intention as developmental outcome. Journal of Vocational Behavior, 77(1), 63–72. https://doi.org/10.1016/j.jvb.2010.02.008

Pasquali, L. (1996). Teorias e Métodos de Medida em Ciências do Comportamento. Brasília: INEP.

Pasquali, L., Primi, R., & Francisco, U. D. S. (2003). Fundamentos da Teoria da Resposta ao Item – TRI Basic Theory of Item Response Theory – IRT. Avaliação Psicológica, 2(2), 99–110.

Peres-Neto, P. R., Jackson, D. A., & Somers, K. M. (2005). How many principal components? stopping rules for determining the number of non-trivial axes revisited. Computational Statistics & Data Analysis, 49(4), 974–997. https://doi.org/10.1016/j.csda.2004.06.015

Primi, R., Muniz, M., & Nunes, C. H. S. S. (2009) Definições contemporâneas de validade de testes psicológicos (pp. 243–265). IN C. S. Hutz (Org.). Avanços e polêmicas em avaliação psicológica. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Reise, S. P., & Revicki, D. A. (2015). Handbook of Item Response Theory Modeling: Applications to typical performance assessment. New York: Routledge.

Revelle, W., & Rocklin, T. (1979). Very Simple Structure: An Alternative Procedure For Estimating The Optimal Number Of Interpretable Factors. Multivariate Behavioral Research, 14(4), 403–414. https://doi.org/10.1207/s15327906mbr1404_2

Rizopoulos, D., & Rizopoulos, M. (2013). Package “ltm.” URL Http://wiki. R-Project. Org/rwiki/. Retrieved December 21, 2017, from http://ftp.slackware.com/pub/cran/web/packages/ltm/ltm.pdf

Rosini, A. M., Anunciação, L. F. C., Silva, M. W. da, Silva, S. B. da, Silva, S. R., & Guberovic, S. R. (2016). A Relação entre o Nível de Empreendedorismo (TEG) e os Aspectos Sociodemográficos dos Taxistas Cooperados da Cidade de Santo André/São Paulo, Brasil. Revista Eletrônica Gestão E Serviços, 7(2), 1624–1648. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.15603/2177-7284/regs.v7n2p1624-1648

Shane, S., Nicolaou, N., Cherkas, L., & Spector, T. D. (2010). Genetics, the Big Five, and the tendency to be self-employed. Journal of Applied Psychology, 95(6), 1154–1162. https://doi.org/10.1037/a0020294

Smallbone, D., Welter, F., & Ateljevic, J. (2014). Entrepreneurship in emerging market economies: Contemporary issues and perspectives. International Small Business Journal, 32(2), 113–116. https://doi.org/10.1177/0266242613511479

Stormer, F. A., Kline, T., & Goldenberg, S. (1999). Measuring entrepreneurship with the General Enterprise Tendency (GET) Test: criterion-related validity and reliability. Human Systems Management, 18(1), 47. Retrieved December 21, 2017, from http://web.ebscohost.com/ehost/pdfviewer/pdfviewer?sid=63b61d8f-6032-4396-a0b5-af00e44aad47@sessionmgr112&vid=3&hid=122

Suárez-Álvarez, J., & Pedrosa, I. (2016). Evaluación de la personalidad emprendedora: Situación actual y líneas de futuro. Papeles Del Psicologo, 37(1), 62–68.

Van Der Linden, W. J., & Hambleton, R. K. (1997). Item Response Theory: Brief History, Common Models, and Extensions. In Handbook of modern item response theory (eds W. van der Linden and R. Hambleton). New York: Springer-Verlag.

Van der Lingen, E., & Van Niekerk, G. (2015). Entrepreneurship traits of Science, Engineering and Technology (SET) students. The Southern African Journal of Entrepreneurship and Small Business Management, 7(1), 117. https://doi.org/10.4102/sajesbm.v7i1.1

Zaharia, S. E., & Gibert, E. (2005). The Entrepreneurial University in the Knowledge Society. Higher Education in Europe, 30(1), 31–40. https://doi.org/10.1080/03797720500088038

Zampetakis, L. A., Bakatsaki, M., Litos, C., Kafetsios, K. G., & Moustakis, V. (2017). Gender-based Differential Item Functioning in the Application of the Theory of Planned Behavior for the Study of Entrepreneurial Intentions. Frontiers in Psychology, 8:451. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2017.00451

Zanon, C., Hutz, C. S., Yoo, H., & Hambleton, R. K. (2016). An application of item response theory to psychological test development. Psicologia: Reflexão E Crítica, 29(1), 18. https://doi.org/10.1186/s41155-016-0040-x




Licencia de Creative Commons
Este obra está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional.